Empresa prevê normalização das atividades em 30 das 36 bases sindicais.
TST apresentou na sexta-feira nova proposta para fim da paralisação.
Os Correios informaram que até o final da tarde desta segunda-feira (28), 14 dos 36 sindicatos de trabalhadores da empresa haviam aceitado a nova proposta de acordo coletivo apresentada na sexta-feira (25) pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para encerrar a paralisação dos funcionários da categoria.
Segundo a estatal, considerando os sindicatos que não haviam aderido ao movimento grevista, a previsão é que 30 das 36 bases sindicais retornarão às atividades normais a partir de 0h desta terça-feira (29).
Segundo os Correios, os 14 sindicatos que aceitaram a nova proposta são: São Paulo (região metropolitana), Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio Grandeo do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Bauru (SP), Campinas (SP) e Vale do Paraíba (SP).
Outros 16 não haviam aderido à paralisação: Acre, Alagoas, Amapá, Brasília, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Uberaba (MG), Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Maria (RS), Ribeirão Preto (SP) e Santos (SP).
Dias parados não serão descontados
A nova proposta apresentada na sexta-feira pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, prevê aumento linear dos salários em R$ 150 a partir de agosto de 2015 e em R$ 50 a partir de janeiro de 2015, a título de gratificação, incorporável ao salário nos seguintes percentuais e datas: 50% em janeiro de 2016; 25% em agosto de 2016 e 25% em janeiro de 2017.
O TST recomendou o encerramento da greve a partir de zero hora desta terça-feira. Se essa condição for seguida, não haverá desconto dos dias parados, que serão compensados no prazo de 90 dias, excluídos domingos e feriados.
Em caso de rejeição, o ministro determinou a permanência de pelo menos 80% dos empregados nas atividades. Caso contrário, haverá multa diária de R$ 100 mil para o sindicato que desrespeitar o percentual. Outra consequência será o julgamento do processo pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST.
Em comunicado, a empresa destacou que a nova proposta prevê que o plano de saúde dos trabalhadores não poderá sofrer qualquer alteração que não seja de comum acordo com os trabalhadores, representados pelos sindicatos, e mantém a criação de uma comissão paritária referente ao assunto no prazo de 30 dias a contar da assinatura do acordo coletivo.
“A proposta traz ainda reajuste de 9,56% nos benefícios: vale-alimentação/refeição; vale-cesta; auxílio para filhos com deficiência e reembolso creche/babá; e redução do compartilhamento do vale-alimentação. Assim como a proposta anterior que já havia sido formulada pelo TST, a atual mantém a antecipação da entrega matutina até o final de 2016, conforme os critérios estabelecidos no Acordo Coletivo de Trabalho 2014-2015”, acrescentou..