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Órgão
oficial do STI Químicas, Farmacêuticas, Abrasivos,
Material Plástico, Tintas e Vernizes de Guarulhos,
Mairiporã, Caieiras, Franco da Rocha e Francisco
Morato - Filiado à central FORÇA
SINDICAL - Rua Francisco Paula Santana,
119 - Tel. 209-7800 - Macedo CEP: 07112-020 -
Guarulhos (SP) - Dir. Resp.: Antonio Silvan Oliveira
- Jorn. Resp.: Dennis de Oliveira (Mtb.18.447-SP)
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Denúncias
de corrupção atingem candidatura de José Serra
Reportagem
publicada na revista Veja da última semana de abril atingiu
o coração do reinado de Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente
do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, foi acusado,
na reportagem, de ter cobrado propina de R$15 milhões ao empresário
Benjamin Steinbruch na privatização da Companhia Vale do Rio
Doce em 1997. Ricardo Sérgio foi tesoureiro de campanhas anteriores
de José Serra e do próprio Fernando Henrique Cardoso. A reportagem
da revista Veja conseguiu a confirmação da cobrança de propina
de um ministro do governo, Paulo Renato, titular da pasta de
educação.
Ainda não se sabe o quanto estas denúncias atingem a candidatura
governista de José Serra. Mas já se espera estragos consideráveis.
Como o problema atinge internamente o coração do próprio governo,
inclusive com a confirmação da denúncia de um ilustre “tucano”,
o ministro Paulo Renato, o problema não é só o impacto na candidatura
mas também o risco do próprio partido governista rachar, comprometendo
tanto o final do governo de FHC como a campanha do seu candidato
para a próxima gestão.
Além disto, o PFL (Partido da Frente Liberal) tenta aproveitar-se
do episódio para “vingar-se” daquilo que considerou uma traição
do PSDB que foi o escândalo da empresa Lunus que acabou por
inviabilizar a candidatura de Roseana Sarney. O PFL aceita recompor
com o PSDB, mas não aceita a candidatura de Serra e joga com
a possibilidade da candidatura do tucano ser inviabilizada para
se pensar em outro nome (a preferência dos pefelistas é por
Tasso Jereissati, governador do Ceará; ou Aécio Neves, presidente
da Câmara dos Deputados).
Diante de todos estes impasses, o governo federal fica amarrado.
E os problemas graves que o país enfrenta, como a recessão econômica,
a crise no sistema energético, a miséria, ficam sem nenhuma
perspectiva de serem resolvidos. A cabeça do presidente está
em outra coisa - em como resolver a briga interna no seu partido
e na base de apoio da sua candidatura.
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