O ano começou quente na Cofen. Cansados dos constantes
atrasos nos salários, prática que a empresa vem adotando
desde 1998, os trabalhadores resolveram cruzar os braços
em 4 de janeiro. Na ocasião, os salários estavam atrasados
há três meses, não foram pagos o 13º salário e as férias
e a empresa tinha débitos com o FGTS.
A greve não foi apenas a paralisação da produção. Os
trabalhadores com apoio do Sindicato acamparam na fábrica,
fazendo protestos e, no dia 9 de janeiro, um grupo de
20 pessoas entre funcionários e diretores do Sindicato
foram até o escritório do proprietário da empresa, Osvaldo
Peroza, no condomínio Central Plaza na capital, exigindo
que o patrão recebesse os trabalhadores para negociar.
Peroza nem apareceu, mas sua imagem foi desmascarada
em todo o condomínio com o protesto que incluiu a distribuição
de um boletim produzido pelo Sindicato contando todo
o caso.
No dia 10, foi realizada uma mesa redonda na Subdelegacia
Regional do Trabalho em Guarulhos onde foi acertado
um acordo para o acerto semanal dos atrasados. A luta
dos trabalhadores da Cofen foi amplamente divulgada
pela grande imprensa, em especial os jornais Notícias
Populares e Diário Popular.
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