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Força Sindical organizou uma marcha para Brasília no
final do ano passado para pressionar os parlamentares
aprovarem o salário mínimo de R$180,00. Apesar do valor
ser ridículo e insuficiente para garantir um padrão
mínimo de sobrevivência para um trabalhador, o governo
federal fez de tudo para impedir a aprovação. Por isto,
os sindicalistas resolveram ir para as ruas. A manifestação
tinha como bandeira também o pagamento da correção do
FGTS determinada pela Justiça (veja matéria neste número).
A marcha saiu no dia 23 de outubro, às 9 horas, de São
Paulo para Brasília. Foram percorridos 1.015 quilômetros
a pé e cerca de 150 pessoas aderiram à manifestação.
O protesto dos sindicalistas valeu. Em Brasília, o presidente
da Câmara dos Deputados, Michel Temer, em reunião com
representantes das centrais sindicais, aceitou formar
uma comissão com os partidos políticos para estudar
formas para permitir a correção do salário mínimo. O
governo federal alega que a correção do salário mínimo
arrebentaria as contas da Previdência pois a grande
maioria dos aposentados receber um benefício igual ao
salário mínimo. O problema é que as contas da Previdência
estão nesta situação devido ao imenso número de fraudes
e também pelas aposentadorias milionárias de alguns
privilegiados, como altos funcionários públicos. Não
é justo que a maioria dos aposentados que sobrevivem
com benefícios irrisórios paguem esta conta.
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