Nesta quarta-feira (17), represas operam com 29,3% da capacidade.  Este é o maior volume registrado desde o dia 11 de junho de 2014.

 

As represas do Sistema Alto Tietê operam nesta quarta-feira (17), com 29,3% da capacidade. De acordo com  dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) esse é o maior índice de armazenamento registrado nos últimos 20 meses, e a segunda elevação no volume após três dias consecutivos de estabilidade, sem registro de chuvas.

A última vez em que as represas operaram nesse volume foi no dia 11 de junho de 2014. A partir dai, as represas passaram a operar com sucessivas quedas no volume armazenado, chegando a apenas 4,2% da capacidade no dia 12 de dezembro de 2014. Ao longo de 2015, o sistema passou por altos e baixos, fechando o ano com 23,6% da capacidade, o maior índice do ano.

Na última segunda-feira (16), choveu 43,6 mm, o segundo maior índice do ano, menor apenas do que no dia 10 de janeiro, quando choveu 51,1 mm na região das represas.

A pluviometria acumulada no mês está em 79,8 mm. A média histórica pra fevereiro é de 194,4 mm.

Janeiro de 2016 terminou com 17,13% menos chuva do que a média histórica.

Chuva em 2015
Ao longo de 2015 o volume de chuvas armazenado nas represas que integram o Sistema Alto Tietê superou a média histórica para o ano em 13%. Choveu 1.619,6 milímetros, enquanto que a estimativa era que chovesse 1.432,3 milímetros. Dezembro terminou com 26,4% mais chuva do que a média histórica. Neste mês choveu 243,8 mm e o esperado era de 192,8 mm.Novembro terminou com chuva 64% superior à média histórica. O mês de outubro acabou sem que as chuvas atingissem a média história. Ao longo do mês choveu 94,5 mm, 82,2% da média histórica de 115 milímetros.

Em setembro choveu o dobro do esperado para o mês no Alto Tietê. Segundo a Sabesp, a pluviometria acumulada foi de 170,2 mm, 108% superior à média histórica. Após 40 dias em queda, o índice dos reservatórios voltou a subir no dia 8. A média histórica foi superada no dia 9 de setembro, quando, em apenas um dia, choveu 57,3 mm. Esta foi a maior chuva do ano.

As chuvas de agosto foram 49% menores do que o esperado. A pluviometria acumulada ficou em 18,6 mm, quando a média histórica é de 36,7 mm.

Julho chegou ao fim com uma pluviometria 16,6% maior do que a média histórica para o mês, segundo os dados da Sabesp. A pluviometria foi de 57,4 mm e a média histórica para o mês era de 49,2 mm.

Em junho choveu menos do que a média histórica. A pluviometria acumulada no mês foi 31,1% menor do que a média histórica, que é de 55,5 mm.

Já entre fevereiro e maio choveu mais do que a média histórica. Antes de junho, o índice foi inferior à média apenas em janeiro, quando a pluviometria foi 58,7% menor do que a média histórica.

O sistema
Desde dezembro de 2013, a água da região é utilizada para abastecer parte dos moradores antes atendidos pelo Cantareira em bairros como Penha, Cangaíba, Vila Formosa, Vila Maria e parte da Mooca.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a população atendida pelo sistema saltou de 3,8 milhões de pessoas para 5 milhões. Um ano depois de começar a ser usado como reforço do Cantareira, em dezembro de 2014, o sistema chegou a operar com apenas 4,2% da capacidade. O volume das represas aumentou do início do ano até maio, quando atingiu o pico de 2015 de 23,3% no dia 14. Desde então tem sofrido sucessivas quedas.