É preciso resgatar a democracia e colocar o pobre no orçamento, afirmou o ex-presidente, que comentou também ter respeito pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, cotado por especulações para ser candidato a vice
,São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (15), em Bruxelas (Bélgica), que como candidato à presidência do país em 2022 vai lutar para “resgatar a democracia e colocar o pobre no orçamento”. “Quando o pobre tem dinheiro, a economia passa a funcionar”, disse Lula ao defender que, se eleito, promoverá uma grande e forte política de inclusão social no país. O ex-presidente ainda disse que, além de colocar o pobre no orçamento, é preciso colocar o rico no Imposto de Renda para promover a justiça social no país.
Em entrevista coletiva, Lula também comentou sobre as especulações em torno do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como seu provável vice na chapa à presidência. Indagado se não teria medo de que com Alckmin se repetisse o episódio de traição do então vice-presidente Michel Temer, que em 2015 e 2016 atuou pelo impeachment de Dilma Rousseff, Lula afirmou que ainda não há qualquer definição de nomes e frisou que não está procurando candidato a vice.
Lula concedeu entrevista no Parlamento Europeu. Ao seu lado, participou da entrevista a deputada espanhola Iratxe Garcia Pérez, membro do parlamento europeu desde 2004 e representante da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas.
Encontro com Stiglitz
Nesse domingo, Lula também se reuniu com o ganhador do prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz. “Discutimos a superação do neoliberalismo e a urgência de se construir um futuro que leve em consideração o bem-estar das pessoas”, disse Lula nas redes sociais.
Nesta segunda, o ex-presidente também participou de um encontro em Bruxelas, promovido pelo bloco social democrata do Parlamento Europeu, para discutir como o mundo pode sair mais forte da pandemia a partir de uma agenda progressista. A aproximação e fortalecimento de relações entre os blocos europeu e latino-americano também foram discutidos no encontro.