Benefício custa cerca de R$ 18 bilhões por ano aos cofres públicos e atende, em média, 22 milhões de trabalhadores

O Governo Federal planeja acabar com o pagamento do abono do PIS pra cobrir parte dos R$ 67,8 bilhões que deixarão de ser economizados com as alterações que serão feitas na reforma da Previdência.

O abono custa cerca de R$ 18 bilhões por ano aos cofres públicos e atende, em média, 22 milhões de trabalhadores.

Ele funciona como um 13° fora de época e é pago conforme calendário definido pelo Ministério do Trabalho.

O abono equivale a um salário-mínimo (hoje R$ 937,00) e é pago todo ano a trabalhadores com renda mensal de, no máximo, dois mínimos (R$ 1.874,00) no ano anterior ao pagamento; estão cadastrados há no mínimo cinco anos no programa e ralaram ao menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano anterior.

Porém, agora, a equipe econômica acredita que o benefício não tem mais motivo para existir e a explicação estaria ligada à polícia de valorização do mínimo.

Sindicalistas não aprovam a decisão. “O Governo quer ser antipopulista. É o fim da picada. Se ele precisa de dinheiro, que vá cobrar os devedores da Previdência”, se queixou o diretor da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, botou a boca no trombone.
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, também reclamou da mudança. “Não aceitamos tirar benefícios de parcela da população mais pobre. Estamos nos mobilizando para o dia 28 de abril e o Governo vai sentir a pressão das centrais e da população na greve geral”.

Saque

Fique atento porque o calendário pra sacar o PIS acaba no dia 30 de junho. Portanto, se você cumpre os requisitos que dão direito ao abono, corra pra uma agência da Caixa ou lotérica e retire o benefício.