Programa pode desenvolver armas nucleares. Instalação foi reorganizada, modificada e reajustada’, diz estatal norte-coreana.
A Coreia do Norte anunciou nesta terça-feira (15) que começou a operar de novo o reator nuclear de Yongbyon, considerado a principal fonte de plutônio do regime de Kim Jong-un para abastecer seu programa de desenvolvimento de armas nucleares.
“Todas as instalações nucleares em Yongbyon, incluindo a usina de enriquecimento de urânio e o reator moderado por grafite de cinco megawatts, foram reorganizadas, modificadas e reajustadas e começaram a operar com normalidade”, anunciou o diretor do Instituto de Energia Atômica norte-coreano, em comunicado emitido pela agência estatal “KCNA”.
O regime de Kim Jong-un confirmou que o reinício das operações do reator nuclear responde ao objetivo duplo de “avançar ao mesmo tempo no progresso econômico do país e na construção de uma força nuclear avançada”, segundo as palavras do diretor da agência nuclear norte-coreana, cujo nome não foi revelado.
Além disso, a Coreia do Norte defendeu sua necessidade de desenvolver armas atômicas como método de dissuasão diante da “política extremamente hostil e das ameaças nucleares dos Estados Unidos”.
“Se os EUA e outras forças hostis persistem com sua imprudente política hostil para a República Popular Democrática da Coreia (RPDC, Coreia do Norte) e mantêm uma atitude beligerante, a RPDC está totalmente preparada para lhes fazer frente com suas armas nucleares a qualquer momento”, alertou o representante nuclear norte-coreano.
Pyongyang já expressou em várias ocasiões que o desenvolvimento de armas atômicas é o principal eixo de sua política de defesa.
O reator de cinco megawatts de Yongbyon é capaz, segundo analistas, de produzir até seis quilogramas por ano de plutônio, o que representaria uma importante contribuição ao programa de armas atômicas norte-coreano.