Não saia de casa nessa data. Vão parar os transportes,as fábricas, as escolas e os bancos, entre outros serviços

No dia 28, diferentes categorias vão paralisar suas atividades por todo o País. Organizada pela Força Sindical e demais centrais sindicais, o “Dia Nacional de Paralisações, Atos e Greves” será uma demonstração de que a classe trabalhadora não aceitará, em hipótese alguma, retrocessos, não aceitará o desmanche que está ocorrendo nas leis que regem o mundo do trabalho.

“Quero usar este espaço para falar com você, trabalhador, porque queremos sua adesão à greve. Diferentes categorias decidiram parar no dia 28 porque estamos vivendo um momento crucial em nossas vidas. Nossa atitude, hoje, vai determinar o tipo de trabalho que teremos, que tipo de remuneração vamos receber, quais os benefícios que serão pagos, se vamos poder sustentar nossas famílias e, mais importante, que mundo deixaremos para nossos filhos”, declara Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical.

Segundo Paulinho, “os defensores das propostas originais das reformas trabalhista e da Previdência condicionam a aprovação dessas propostas à vinda de investimentos para a economia do País crescer. Mas, na verdade, as mudanças que o governo propõe vão suprimir direitos históricos dos trabalhadores, como dificultar o acesso à aposentadoria, às nossas férias, à nossa jornada de trabalho e à PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), e ter o nosso trabalho precarizado. Sem leis adequadas, os trabalhadores ficam sujeitos a qualquer tipo de desmando feito por patrões inescrupulosos”, declara  Paulinho.

“A luta pelos nossos direitos está em nossas mãos. É importante ficar claro que o governo e os parlamentares estão fazendo de tudo para  que as reformas sejam votadas rapidamente, sem abrir negociações com as centrais sindicais e os sindicatos. Numa democracia, governo e parlamentares não podem promover reformas tão profundas sem ouvir os principais interessados, que são os trabalhadores”, afirma Paulinho.

ORIENTAÇÕES

“Nossa expectativa”, destaca João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, “é que seja a maior mobilização feita até agora. Orientamos sindicatos e federações a solicitarem à população para que não saiam de casa. Por exemplo, não marcar nessa data médicos, dentistas, supermercados, entrevistas e ir aos bancos.

As oito centrais sindicais que convocaram a greve, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores. Um Boletim assinado por Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB, NCST, Conlutas e CGTB, com tiragem de 2 milhões de exemplares, estão sendo distribuídos em cidades do Estado de São Paulo explicando os motivos da paralisação.

 

Fonte: Assessoria de imprensa da Força Sindical