O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, informou há pouco que o Programa para a Aviação Regional do governo deverá ampliar o número de aeroportos regionais que recebem voos regulares de 80 para 270. Desse total, 67 serão no Norte; 64 no Nordeste; 31 no Centro-Oeste; 65 no Sudeste; e 43 no Sul.

Padilha participa de audiência pública na Comissão de Viação e Transportes sobre a situação da aviação no Brasil. Segundo ele, a maior parte desses novos aeroportos previstos está em fase de estudos de viabilidade técnica e licenciamento ambiental, e 64 já estão com estudos prontos para serem licitados.

“Mais de 40 milhões de brasileiros, ou seja, 21% da população, não tem acesso a um aeroporto a até 100 km de distância de sua residência”, disse o ministro. “43% da população do interior quer viajar, mas não tem como fazê-lo devido aos elevados custos”, completou. “Hoje não temos empresas aéreas operando nesses locais porque não tem passageiro, e não tem passageiro porque não tem empresa aérea.”

Para resolver o problema, a ideia é que o governo subsidie parte das passagens para garantir a existência dos voos, comprando parte dos assentos até que as novas rotas regionais se consolidem. O governo federal também será responsável pelo investimento na infraestrutura, ficando a gestão dos aeroportos com os estados e municípios. A Infraero também poderá ajudar na gestão em locais sem recursos.

O debate ocorre no plenário 11.