Diante do não cumprimento do aditamento da CCT 2016/2017, os trabalhadores da FURP (Fábrica de Guarulhos) e unidades de atendimento das Farmácias Dose Certa, se manifestaram, nesta manhã de quinta-feira, dia 9 de junho, em frente ao Palácio dos Bandeirantes.

Além da manifestação na sede do Governo, os trabalhadores da FURP e de algumas unidades das Farmácias Dose Certa se mantiveram mobilizados.

Mobilizações estas que ocorreram durante todo o  dia e enquanto o Governo do Estado e Secretárias da Saúde e do Planejamento se negarem a aplicar o reajuste dos salários e demais benefícios. Como justificativa para o não cumprimento da CCT assinada em 11 de abril, a FURP diz não dispor de recursos.

A razão para não cumprir a CCT é o grande endividamento da FURP, já que temos relatos de que, além dos problemas apresentados acima, e que, com toda a certeza, tem contribuído para este cenário, houve também a utilização de recursos na construção e estruturação da Fábrica de Américo Brasiliense, que mesmo antes de entrar em funcionamento foi objeto de uma PPP – Parceria Público-Privada entre a FURP, entenda-se, Governo do Estado e a EMS.

Os trabalhadores da FURP denunciam uma série de irregularidades, como: Gastos exorbitantes com incineração de medicamentos e matéria-prima adquiridos pela FURP e Secretaria do Estado.  Neste caso, passado o prazo de validade, os insumos e medicamentos são incinerados;  desativação dos setores de lavanderia e câmara fria, com a contratação de serviços terceirizados, sendo que a FURP possui infraestrutura e  trabalhadores qualificados para o serviço. Os trabalhadores relatam que a empresa contratada está instalada no Rio de Janeiro e presta um serviço inadequado quanto a higienização dos uniformes; no setor de transportes, os trabalhadores relatam que a empresa contratou empresa terceirizado, sendo que a FURP dispõe de uma equipe qualificada e tem uma frota própria.

A direção do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos rechaça o posicionamento do Governo do Estado e da direção da FURP e pede que os trabalhadores da FURP e das Farmácias Dose Certa sejam respeitados. “Solicitamos esclarecimentos quanto as denúncias dos trabalhadores, assim como já pedimos, em caráter de urgência, que a direção da FURP, Governo do Estado e Secretaria de Saúde, melhorem as condições de trabalho dos trabalhadores das Farmácias Dose Certa, como também as condições de atendimento à população, ao invés de fecharem as farmácias para redução de gastos na área de saúde”.

Na ação no Palácio do Governo, o Sindiquímicos contou com o apoio de assessores e diretores, Força Sindical Regional Guarulhos representada pelos Sindicatos dos Metalúrgicos, dos Funcionários Públicos (STAP), Sindifícios, Sindbeneficente, Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo – FEQUIMFAR, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ.