Na análise em 12 meses, IPCA-15 é o maior desde novembro de 2003.
O que mais pesou foram altas em alimentação, transporte e educação.

 

O recorde também é registrado no índice acumulado em 12 meses. Nesse período, o índice chegou a 10,84% – o mais alto desde novembro de 2003, quando bateu 12,69%.

De janeiro para fevereiro, o que mais pesou no bolso do consumidor brasileiro foram as altas nos preços de alimentação e bebidas, de transportes  e de educação.

O índice que mede os preços dos alimentos subiu de 1,67% em janeiro para 1,92% em fevereiro. A cenoura, por exemplo, ficou 24% mais cara, a cebola, 14,16% e o tomate, 14,11%.

No caso do grupo de gastos com transportes, cuja variação acelerou de 0,8% para 1,65%, as tarifas dos ônibus urbanos subiram 5,69%, exercendo a maior influência sobre o índice ao refletir os reajustes aplicados em algumas cidades. Mas não foram só os ônibus que ficaram mais caros. Também avançaram os preços de trem (6,12%), metrô (5,27%), ônibus intermunicipais (5,04%) e táxi (3,65%).

Expectativas menos pessimistas
Para 2016, a expectativa para o IPCA fechado está em 7,62%, segundo o boletim Focus do Banco Central mais recente. Com isso, permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas do ano que vem e bem distante do objetivo central de 4,5%.