A presidenta Dilma Rouseff disse na quarta-feira (24), durante o lançamento do Plano Nacional de Exportações (PNE), que o Brasil não pode aceitar ser apenas o 25º colocado no ranking de comércio mundial.
Segundo ela, o Brasil precisa aproveitar o câmbio favorável às exportações para fortalecer o setor. O anúncio do novo plano é umas das medidas do governo para tentar recuperar a economia.
“O plano é parte estratégica da nossa agenda para voltar a crescer. Vamos implementar, em parceria com o setor produtivo, conjunto de medidas para ampliar e dinamizar nossas exportações. Potencial para isso não falta à sétima economia do mundo. Mas a sétima economia no mundo não pode aceitar ocupar o vigésimo quinto lugar no comércio internacional”, destacou a presidenta.
O novo plano de exportações terá vigência até 2018 e está baseado em cinco estratégias: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação de comércio; financiamento de garantias a exportações; e aperfeiçoamento do sistema tributário relacionado ao comércio exterior.
Dilma destacou medidas comerciais e diplomáticas para ampliar mercados e diversificar as vendas brasileiras para o exterior. “A palavra de ordem é aumentar nossa participação no comércio mundial. Com câmbio favorável às exportações, com ação diplomática incisiva, com ação comercial determinada e com as medidas desse plano vamos fazer do comércio exterior elemento central da nossa agenda de competitividade da nossa economia”.
Entre as ações, Dilma destacou as viagens e missões comerciais a outros países e as visitas internacionais ao Brasil como oportunidades de acerto de acordos tarifários e gestões junto à Organização Mundial do Comércio para derrubar barreiras ao comércio de produtos brasileiros. “Vamos trabalhar para superar barreiras impostas às nossas exportações de bens e serviços, sejam as tradicionais, sejam aquelas que usam de elementos regulatórios para criar processos de contenção de ampliação das exportações”, explicou.
No discurso, a presidenta destacou, mais de uma vez, a importância do mercado interno para o Brasil que, segundo ela, sustentou as políticas econômicas de seu primeiro mandato. Segundo Dilma, investir agora na ampliação do comércio internacional não significa negligenciar o mercado doméstico.
“Mercados internos fazem a diferença, funcionam com âncora, mas funcionam também como plataformas de lançamento. Vamos continuar trabalhando para ampliar o mercado interno, vamos continuar atuando para consolidá-lo, mas queremos que ele se transforme em uma plataforma de lançamento das empresas, produtos e empresários para o mundo. Não há contradição entre a ampliação do mercado interno e a nossa conquista de mercados internacionais, pelo contrário, há uma complementariedade”, argumentou.