São Paulo – A inflação oficial no país continua em trajetória de alta. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou a maior taxa de inflação para fevereiro desde 2015: 1,01%. Agora, soma 1,56% no ano e 10,54% em 12 meses. Em 13 das 16 áreas pesquisadas, o índice atinge dois dígitos, passando de 13% na Grande Curitiba. Alimentos, educação, aluguel e energia estão entre os itens que mais se destacaram no mês passado. O INPC sobe ainda mais e chega a 10,80%. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE.
Todos os grupos pesquisados para o cálculo da inflação tiveram alta em fevereiro. Educação subiu 5,61%, com impacto de reajustes praticados no início do ao letivo. O item cursos regulares, com aumento de 6,67%, teve impacto de 0,28 ponto percentual no índice geral. O IBGE apurou elevações médias de 8,06% no ensino fundamental, 7,67% na pré-escola e 7,53% no ensino médio. Já os cursos de ensino superior e pós-graduação subiram 5,82% e 2,79%, respectivamente. E os de idioma aumentaram 7,29%.
Combustíveis não sobem
Em Transportes (0,46%), o IBGE destaca o item automóveis novos, com aumento de 1,68% e impacto de 0,05 ponto na taxa geral de inflação em fevereiro. Foi a 18ª alta seguida. Automóveis usados (1,51%) e motocicletas (1,72%) também subiram de preço, além de seguro (3,24%) e conserto (0,92%). Com reajustes em várias regiões, o custo com ônibus urbano subiu 0,45%, em média. A corrida de táxi também aumentou (0,88%), com reajuste no Rio de Janeiro.
Desta vez, os combustíveis não pressionaram a inflação, com variação de -0,92%, terceira queda seguida. É preciso, agora, aguardar o comportamento dos preços, com o novo reajuste anunciado ontem pela Petrobras. O preço médio do etanol caiu 5,04% em fevereiro, segundo o IBGE, enquanto o da gasolina recuou 0,47%. O instituto registrou aumento do óleo diesel (1,65%) e do gás veicular (2,77%).