As entidades sindicais estão sempre atentas às mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico, principalmente em relação às taxas de juros e projetos de lei tramitando no Congresso Nacional

No dia 3 de junho, lideranças da Fequimfar, juntamente com a sua assessoria jurídica e representantes do grupo Ceag-10 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), estiveram reunidas para mais um encontro do Grupo de Trabalho de negociação coletiva permanente do setor Químico, Plásticos, Fertilizantes entre outros.

O presidente do Sindiquímicos Guarulhos e da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico), Antonio Silvan Oliveira, esteve presente a esse encontro e destacou o debate sobre possíveis alterações na pauta discutida no Seminário de Negociação da Categoria.
Segundo ele, as entidades sindicais estão sempre atentas às mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico, principalmente em relação às taxas de juros e projetos de lei tramitando no Congresso Nacional, muitos deles prejudiciais aos trabalhadores, além de pouca ênfase numa política ambiental que realmente preserve os recursos naturais.


Perdoando dívidas – Silvan lembrou que não é mais novidade a disparada dos preços, corroendo velozmente o salário do trabalhador, enquanto de outro lado o governo não bate de frente com o mercado financeiro, inclusive perdoando dívidas de grandes empresários que num passado não muito distante foram processados pela Justiça.

Dentro dessa questão é inadmissível a Câmara dos Deputados aprovar no dia 11 de julho uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição), perdoando as dívidas tributárias de mais de 5 anos dos partidos políticos e permitindo o refinanciamento de outras multas aplicadas às legendas. Segundo a ONG Transparência Partidária, montante total das multas pode chegar a R$ 23 bilhões. Esse dinheiro poderia ser investido na construção de escolas, unidades básicas de saúde e até mesmo de hospitais, em locais onde é nula a presença do Estado.

Eleições – Silvan lembrou também que a partir da segunda quinzena de agosto, começa a campanha eleitoral, visando a troca de cadeiras no Poder Legislativo e da Prefeitura. O atual prefeito já entrou no processo de sair de cena, deixando o nosso trânsito, principalmente na região do Cecap/Cumbica, um caos. É vergonhoso sair da Rodovia Hélio Smidt para chegar à Avenida Santos Dumont em qualquer hora.
É preciso que o trabalhador fique atento às propostas dos candidatos. Quem não tem compromisso com melhorias no mundo do trabalho e também com a infraestrutura da nossa cidade, transporte coletivo, saúde, segurança pública e meio ambiente, educação não merece ganhar nenhum voto.

E falando de eleições, não podemos fechar os olhos para o processo eleitoral ocorrido na Venezuela, nas eleições de 28 de julho de 2024, em que Nicolás Maduro foi reeleito presidente do país, em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição. O processo democrático deve ser respeitado, lembrando que a democracia, é a vontade soberana do povo, portanto, é imprescindível a entrega das atas de votação.

Produção – Por que o ministério da Defesa não autoriza a retirada de pelo menos 10 metros da calçada do terreno que circunda a Base Aérea para aumentar a largura da avenida, proporcionando maior fluidez no trânsito. Não serão 10 metros a menos em seu terreno que vão colocar em risco a segurança nacional. O que não pode continuar é a cidade neste caos, prejudicando empresas que encontram dificuldade para receber e escoar a sua produção, e também a população na chegada e saída dos seus postos de trabalho.

Antonio Silvan Oliveira, presidente do SindiQuímicos Guarulhos, CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico) e vice-presidente da Fequimfar e Força Sindical/SP