Em meio as mobilizações sociais, o direito legítimo de manifestações se vê ameaçado por movimentações do governo que impulsionado em inibir exageros conjectura a criação de censura para impedir a manifestação pacífica da sociedade. Difícil admitir que o governo que tanto lutou para conquistar o direito à livre manifestação – direito assegurado na Constituição Federal, pelas diretas Já e que tanto trabalha pela inclusão de todos em todas as áreas da sociedade, seja hoje o protagonista que tenta cercear o direito à manifestação.
Esperamos que a presidente e seu ministros não estejam pensando na repreensão dos movimentos sociais como solução para que o mundo não conheça o grau de insatisfação por grande parte da sociedade e que mostram os malfeitos o governo.
As manifestações não podem ser confundidas com badernas e quebra-quebra, com pessoas infiltradas e dispostas a tumultuar. Também não é aceitável que eles tenham que esconder o rosto. Todo manifestante tem o direito a se posicionar democraticamente, se apresentar, ser visto e ser ouvido, assim como faz o movimento sindical, que apesar do movimento organizado, ordeiro, identificado e justificado, ainda encontre, infelizmente, por parte da iniciativa do patrão apoio judiciário que impedem ou tentam impedir o seu direito de livre manifestação.
Ao invés de buscar alternativas de coibir a livre manifestação, o governo poderia se esforçar um pouco mais para responder para a sociedade o porquê do aumento de juros quando temos a inflação sob controle, o porquê da queda no consumo e o porquê do atendimento preferencial a determinados grupos econômicos quando a indústria é a grande locomotiva da economia e tem constatado um desaquecimento continuado.
Diferente do governo Lula, nós estamos correndo o risco de enfrentar na reta final do governo Dilma o desemprego em algumas áreas de nossa economia.
O cenário atual aponta o distanciamento do governo dos movimentos sociais e sindicais e sua aproximação de grandes empresários.
E já que a análise de nossa atuação passa por todos os âmbitos da sociedade, registramos com tristeza que a Lei Maria da Penha criada para defender a mulher da violência doméstica, não coíba o crescimento da violência e o grandioso número de mortes em decorrência dos desacordos nas relações familiares. Lamentamos que a família, na figura da mulher, que é o ser mais importante na estrutura familiar e que tem a benção da geração de uma vida, não seja respeitada.
Registro aqui com tristeza que a Lei Maria da Penha, instrumento importante de defesa dos direitos e respeito à mulher, não esteja sendo respeitada e que as mulheres ainda não se sintam amparadas e seguras. Neste sentido, esperamos que se somem esforços para que a Lei seja cumprida e o direito à vida resguardado.