Dos 322 deputados da base aliada, 117 não foram a nenhuma sessão.
28,6% compareceram a, ao menos, uma das sessões, e 35% foram às duas.

Levantamento realizado pelo G1, com base nos registros de presença da Câmara, mostra que 117 (36,3%) dos 322 deputados que, em tese, pertencem à base aliada não compareceram nesta semana a nenhuma das duas sessões do Congresso Nacional destinadas à votação dos vetos às chamadas “pautas-bomba” (projetos que aumentam as despesas do governo). Dos 322 deputados governistas, 113 foram às duas sessões.

Para contabilizar o tamanho da base governista na Câmara, o levantamento considerou a posição oficial das lideranças das bancadas em relação à gestão Dilma Rousseff.

No entanto, dentro da bancada do PMDB – principal aliado do PT no governo federal – o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), rompeu oficialmente com o Palácio do Planalto.

Além disso, no PSC – sigla que se autodeclara “independente” do Executivo federal –, o deputado Silvio Costa se declara integrante da base aliada, tanto que ele ocupa uma das vice-lideranças do governo na Casa. Apesar do posicionamento individual de Costa, a bancada do PSC não foi contabilizada como membro da base governista.

Nas duas sessões, houve número suficiente de senadores, mas não houve quórum entre os deputados. O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a dizer que houve “uma decisão deliberada” da Câmara para não haver quórum.

As sessões de terça (6) e quarta (7) foram as duas primeiras realizadas após a reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff na última semana.

A reforma destinou ministérios a partidos aliados e teve como principal objetivo assegurar a governabilidade, com a formação de uma nova base de apoio partidário no Congresso, a fim de o governo recompor a maioria parlamentar para conseguir a aprovação de matérias de seu interesse na Câmara e no Senado.

Dono da maior bancada na Câmara (66 parlamentares), o PMDB, principal contemplado com a reforma ministerial, teve 18 deputados que se ausentaram nas duas sessões; 25 que faltaram a pelo menos uma; e 23 compareceram às duas.

O PT, partido da presidente Dilma, teve cinco deputados que não compareceram a nenhuma das duas reuniões conjuntas. Outros 10 não foram a uma das duas sessões e 47 não faltaram a nenhuma sessão.

Fonte: G1