Foram 7.284 cartões comprados e 1.163 utilizados na capital paulista.
Um dos três aplicativos anunciados não funcionou na segunda-feira.

No primeiro dia de funcionamento do novo serviço de Zona Azul digital em São Paulo, 7.284 mil cartões foram comprados e 1.163 foram utilizados, segundo balanço da Companhia da Engenharia de Tráfego (CET). O balanço divulgado tem os números registrados até as 18h.

Também na segunda, um dos três aplicativos para utilizar o serviço não estava operando. No anúncio oficial, realizado na sexta-feira (8), a Prefeitura havia informado que todos eles estariam disponíveis já a partir desta segunda. A empresa Areatec, responsável por um dos apps, disse, no entanto, que vai iniciar a operação de seu aplicativo apenas no dia 18.

A Zona Azul digital é uma alternativa à tradicional folha de papel que os motoristas são obrigados a preencher e deixar no painel do carro para estacionar em alguns pontos da cidade. Com ela, os paulistanos têm a opção de adquirir uma folha ou até mesmo um talão de Zona Azul diretamente pelo celular.

De acordo com a Prefeitura, três aplicativos de empresas diferentes foram credenciados para oferecer o serviço na capital. O DigiPare, da Areatec, e o SP Cartão Azul Digital, da Sertell, a princípio apenas para smartphones de sistema operacional Android, e o Vaga Inteligente, da Estapar, tanto para Android quanto para iOS.

Os aplicativos deveriam estar disponíveis para uso já a partir das 7h desta segunda-feira. No horário, entretanto, nenhum deles estava funcionando. Uma hora depois do horário programado, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) anunciou que o serviço começou a operar normalmente.

Após o anúncio da CET, o G1 testou os aplicativos e, de fato, o Vaga Inteligente e o SP Cartão Azul Digital passaram a funcionar. De uso fácil, ambos demandam poucas informações para o cadastro e chamam a atenção pela praticidade.

Depois de preencher alguns dados, como número da placa do veículo e do cartão de crédito para os pagamentos, em poucos minutos já é possível utilizar uma das 40 mil vagas de Zona Azul espalhadas pela cidade. Os apps ainda emitem alertas para avisar que o tempo de utilização da vaga está próximo do fim.

O DigiPare foi o único dos três aplicativos a não entrar em operação nesta segunda. Procurada, a Areatec informou que, diferente do anunciado pela Prefeitura, sempre trabalhou com a previsão de colocar seu app em funcionamento no dia 18. Na data, ele deve estar disponível para os sistemas iOS e Android, informou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa.

Zona Azul digital
Uma das vantagens do pagamento digital é a possibilidade de ficar mais tempo na vaga do que o planejado inicialmente, fazendo um simples ajuste pelo aplicativo. Ou seja, sem a necessidade de se deslocar até o carro para colocar uma nova folha no painel do veículo.

A fiscalização passa a ser também digital. O agente da CET coloca o número da placa em uma máquina portátil e recebe na hora as informações de pagamento do motorista. O preço do cartão azul digital é o mesmo: R$ 5 para o cartão simples, que permite estacionar por até três horas, dependendo do ponto da cidade, e o valor promocional de R$ 45, na compra do talão com dez cartões.

As três empresas credenciadas oferecerão o mesmo serviço de compra de crédito da Zona Azul e competirão entre si para buscar os clientes. Para se diferenciar, elas podem oferecer praticidades adicionais, como informar onde é possível carregar o bilhete único ou qual a farmácia mais próxima. “Tudo isso é estratégia, estratégia deles [das empresas], e para o usuário é fantástico”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Com a implantação da Zona Azul digital, a Prefeitura pretende reduzir o prejuízo com fraudes que, só em 2015, chegou a R$ 50 milhões.