Presidente em exercício passou fim de semana em sua casa em SP.
Ele também se reunirá com o ministro da Educação na tarde desta segunda.

O presidente em exercício Michel Temer chegou ao aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, por volta das 10h30 desta segunda-feira (16), onde embarcou para Brasília.
Temer, que passou o fim de semana em São Paulo, saiu da sua casa às 10h, acompanhado por assessores e seguranças. O avião presidencial da FAB (Força Aérea Brasileira) decolou às 10h50.
Em Brasília, ele irá se reunir na tarde desta segunda-feira (16) com representantes de centrais sindicais para discutir propostas de mudanças na Previdência Social. Foram convidados para o encontro, marcado para as 15h, centrais como UGT (União Geral dos Trabalhadores) e Força Sindical.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) também devem participar da conversa. A equipe econômica montada por Temer tem dito, desde que o peemedebista assumiu interinamente a Presidência na última quinta (12), que uma das prioridades do governo será fazer uma reforma nas regras previdenciárias.
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Uma demonstração de que mudanças no setor serão um dos focos do presidente em exercício foi a incorporação da Secretaria de Previdência ao Ministério da Fazenda. Antes, a área integrava o Ministério do Trabalho.

Na última sexta (13), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com ele, a medida é fundamental para garantir o financiamento da Previdência.

“Haverá uma idade mínima de aposentadoria. O que precisa é uma determinação de governo. Vamos fazer. E apresentar uma proposta factível para sociedade. Idade mínima com uma regra de transição,” afirmou Meirelles.

A proposta foi criticada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical. Em nota divulgada à imprensa, Paulinho disse que “repudia” qualquer tentativa de reforma na Previdência que retire direitos dos trabalhadores. Para ele, as propostas do novo titular da Fazenda para a área previdenciária são “inoportunas”.

“A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores”, escreveu Paulinho em um dos trechos da nota.
A reunião desta segunda de Temer com as centrais é uma tentativa de reduzir a resistência dos sindicalistas a mudanças na Previdência. O presidente em exercício deverá apresentar propostas e ouvir sugestões. Segundo auxiliares, a ideia é demonstrar que as centrais serão ouvidas e participarão do processo.
Depois do encontro com as centrais sindicais, o presidente em exercício terá uma reunião às 16h com o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Direitos de aposentados

Na última sexta (13), o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu modificações nas regras previdenciárias. Ele não deu detalhes das medidas que serão tomadas, mas disse que o governo não pretende diminuir a remuneração de quem já está aposentado.
“Já se tomou a decisão técnica da maior importância que é construir algo sustentável. Por que queremos uma Previdência sustentável? Porque queremos que o aposentado de hoje e de daqui a 10 anos possa receber na integralidade o que deve receber. Não queremos que aconteça o que aconteceu na Grécia, que reduziu pagamento de quem já estava aposentado”, afirmou.