O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o líbio Abdalá El Badri, assegurou hoje (2), antes da reunião ministerial da organização, que o mercado petrolífero está se reequilibrando e que os preços devem ser fixados pela oferta e pela procura.

“O mercado começou a equilibrar-se por si só. É um processo que vai continuar até o fim do ano”, acrescentou El Badri, citado pela agência EFE.

Um dos temas da agenda da reunião de hoje em Viena é escolher, consensualmente, um sucessor para El Badri no cargo.

A falta de consenso no grupo – sobretudo entre a Arábia Saudita e o Irã – para nomear um sucessor originou a manutenção do líbio em várias ocasiões nos últimos anos.

Os ministros da Opep reúnem-se em Viena, no momento em que o preço do petróleo tem registrado nas últimas semanas tendência de alta, estando agora em torno de US$ 50.

Para alguns representantes no entanto, como o ministro da Energia do Catar, Mohamed bin Saleh el Sada,US$ 50 por barril “não é um preço justo”.

Também o ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, espera que a valorização do petróleo continue nos próximos meses.

Por outro lado, o novo ministro do Petróleo da Arábia Saudita, Jalid al Falih, assegurou que o seu país procura a estabilidade do mercado e não quer um “choque” que ponha em perigo a recuperação econômica.

Na opinião de Al Falih, o mercado deve impor os preços. “Não acredito que haja quem quer que seja que possa fazê-lo. Os preços subiram demasiadamente, baixaram da mesma forma e estiveram muito tempo em um nível demasiado baixo”, defendeu. “Agora, os preços estão em alta e acredito que atingirão um nível moderado para permitir o investimento”

Também o ministro venezuelano, Eulogio del Pino, apoiou a “reivindicação do papel da Opep” para defender um preço justo, que permita os investimentos necessários a fim de garantir o fornecimento energético.

Recentemente, os analistas da Opep alertaram para o fato de que a queda do investimento devido aos preços baixos poderia pôr em perigo o futuro abastecimento, devido à quebra da descoberta e das explorações de novas jazidas.