Compromisso de campanha: O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu durante campanha, isentar da cobrança de IR os salários até R$ 5 mil. Essa proposta deveria ter entrado em pauta já esse ano, assim como a PEC do teto. Os trabalhadores foram às urnas, e creditaram seus votos no Lula na esperança que as promessas de campanha que irão tirar a população trabalhadora do endividamento sejam prioridade imediata do Governo Lula.

Antonio Silvan Oliveira, presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ, avalia que a isenção para quem ganha até R$ 5.000 é imprescindível. “Estamos falando de assalariados que estão endividados. A ampliação da faixa de isenção, já nesse ano, para quem ganha até R$ 5.000, ajudará a cumprir outro compromisso de campanha do presidente eleito, que é dar condições para que os trabalhadores (as) possam organizar sua vida financeira, quitando dividas e limpando o nome. Isso fará com que os trabalhadores voltem a consumir e por consequência fazer a economia girar.”

 

 

Na ótica do Fisco, seria loucura abrir mão de R$ 150 bilhões. A regra é manter o quadro atual, onde apenas salários até R$ 1.903,98 ficam de fora da fúria de arrecadação da Receita.
O absurdo é tão grande, que atualmente os salários a partir de R$ 4.664,68 pagam 27,50% de IR, num claro desrespeito ao bom senso, como se trabalhadores com essa renda salarial fossem considerados “milionários”. O triste desta história é ver tanto desconto aplicado em cima do suor de quem produz as riquezas desta Nação, sem nenhuma contrapartida no formato de benefício à população.

Desde 2015, a tabela não sofre atualização, visto que a cada ano que a tabela passa sem ser atualizada, cresce o número de assalariados que precisam pagar IR, deixando de fora apenas quem recebe até R$ 1.903,98 mensais. Caso a tabela não seja corrigida neste ano, os trabalhadores que recebem 1,5 salários mínimos (R$ 1.947, com base na correção prevista na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei 14.436/1922) já deverá pagar Imposto de Renda em 2023.