Chegou ao conhecimento da direção do SindiQuímicos que circula nas redes sociais uma falsa convocação de assembleia com os trabalhadores da FURP – Fundação para o Remédio Popular.  Declaramos que não há nenhuma assembleia marcada.

Como é de conhecimento dos trabalhadores da FURP e da sociedade, foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI da FURP, presidida pelo deputado estadual Edmir Chedid (DEM). O SindiQuímicos, representado pelo seu presidente, membros da diretoria e assessores, vêm acompanhando de perto e participando de audiências na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

O caos causado pelos ex-governadores José Serra, Geraldo Alckmin e o ex-secretário estatual da Saúde David Uip é conhecido por todos e o resultado é essa CPI, que vem trazendo à tona diversas denúncias como o gasto de R$ 90 milhões em 2018 na assinatura de contrato, nos moldes PPP – Parceria Público-Privada com a Concessionária Paulista de Medicamentos, mesmo o Governo consumindo apenas o equivalente a R$ 34 milhões naquele período.

A unidade da FURP em Américo Brasiliense, interior de SP, construída com dinheiro público, é alvo de denúncias que envolvem funcionários e empreiteiras. Vale lembrar que essa unidade só entrou em “funcionamento” seis anos depois da sua construção, mesmo em condições de produção.

O secretário Estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse no último dia 14 em audiência na CPI da FURP, que o custo de produção da empresa está muito elevado e que caso prove que a mesma dá prejuízo para o Estado um dos passos é o fechamento da Fundação para o Remédio Popular.  O SindiQuímicos repudia esse encaminhamento do governador João Dória por meio do seu secretário José Henrique Germann.

O ex-diretor industrial da Furp, Victor Hugo Travassos, afirmou em uma das audiências da CPI que para a FURP ser viável é necessário ter volume, mas o que vemos é a continuidade da má gestão do ex-secretário estatual da Saúde, David Uip, em tornar a FURP uma empresa inviável e falível, reduzindo as horas de produção e automaticamente elevando o custo per capito da fabricação de medicamentos. Essa atitude deixa a FURP em desvantagem com as demais empresas que fornecem medicamentos para o Estado e para o Ministério da Saúde.

O SindiQuímicos entende que a direção da empresa precisa ser transparente com os trabalhadores e com a sociedade, indicando inclusive qual é o destino que eles traçaram para essa importante fábrica que é a base de política de saúde do governo do Estado. 

O Sindicato dos Químicos de Guarulhos continuará acompanhando e buscando informações com a comissão destinada a realizar a CPI da FURP

 

Antonio Silvan Oliveira, presidente do SindiQuímicos Guarulhos e da CNTQ.