Clientes da Unimed Paulistana que possuem planos individuais ou coletivos com menos de 30 beneficiários vão poder migrar para outras operadoras do sistema Unimed a partir da quinta-feira (1º), informou nesta quarta-feira (30) a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A possibilidade de transferência decorre de um acordo firmado entre a ANS, o sistema Unimed o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e o Procon de São Paulo. A Unimed Paulistana diz que não foi notificada sobre a medida.

Segundo a ANS, o acordo prevê que os clientes de planos individuais e coletivos com menos de 30 beneficiários recebam nos próximos 20 dias cartas com uma lista de planos de saúde  que poderão contratar. Com esse documento em mãos, devem se dirigir à operadora Unimed escolhida.

Os clientes que moram nas cidades onde a Unimed Paulistana atua vão poder escolher entre três outras Unimeds: Fesp, Central Nacional ou Seguros Saúde. Estão nesse grupo os clientes da Região Metropolitana de São Paulo, exceto Guarulhos, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, ABC (Santo André, São Bernardo e São Caetano), Mauá e Vargem Grande Paulista.

Os demais clientes terão a opção de migrar para outras operadoras do sistema de cooperativas.

A responsabilidade pelos clientes da Paulistana que estejam internados ou em situação de urgência e emergência deve ser assumida imediatamente pelas outras Unimeds, diz o acordo.

Preços podem subir

Os planos a serem ofertados pelas outras Unimeds aos clientes a Paulistana devem ter condições semelhantes às dessa última operadora, segundo a ANS, mas não há proibição de que custem mais caro ou tenham cobertura menor.

O acordo prevê a oferta de ao menos quatro planos: básico enfermaria com coparticipação e acomodação coletiva (os preços vão de R$ 181,39 a R$ 1.087,78, de acordo com a faixa etária); básico enfermaria sem coparticipação e com acomodação individual (R$ 235,81 a R$ 1.414,11); básico apartamento (R$ 278,95 a R$ 1.672,81); especial apartamento (R$ 392,64 a R$ 2.355,37).

As carências cumpridas na Paulistana continuarão a valer. Assim, se o cliente já cumpriu o prazo mínimo para ter acesso a um determinado tratamento, não precisa cumprir novo período de carência.

Segundo a ANS, a medida afeta ao menos 158 mil dos 744 mil beneficiários da Unimed Paulistana, que quebrou e está obrigada a vender a sua carteira de clientes até sexta-feira (2). A empresa  pode obter uma prorrogação nesse prazo.

Fonte: G1