Para servidores ambientais federais, eventual vitória de Biden nas eleições dos EUA deverá impor mudanças na política ambiental brasileira, mas temem que sejam superficiais
“O discurso duro do candidato do Partido Democrata contra o desmatamento na Amazônia traz prejuízos sérios à imagem do Brasil no contexto internacional e pode acirrar fortemente os impactos que já temos observado nas exportações e, mais perigosamente, na soberania do nosso país sobre o território amazônico. Nesse sentido, a vitória de Joe Biden pode ajudar a pressionar o governo Bolsonaro a rever sua postura com relação à atual política ambiental, mas provavelmente apenas superficialmente, dados os interesses econômicos da sua base de apoio e sua política deliberada de desmonte”, diz trecho da nota da Associação dos Servidores Ambientais Federais (Ascema Nacional).
Para a associação, Salles é apenas o operador de um projeto do governo como um todo em dissonância com um novo cenário com a eventual vitória de Biden. “Esse projeto, que visa destruir todos os mecanismos de proteção ambiental no país (não apenas as instituições, mas também a legislação, os mecanismos de controle social…) pode ter efeitos catastróficos, inclusive sobre a soberania nacional.”
A saída, para os servidores, é a retomada e o fortalecimentos da política ambiental para que o país possa recompor sua imagem junto à comunidade internacional e garantir a soberania e obedecer a Constituição, que determina como direito um meio ambiente de qualidade para todos.