Ele deve falar com Raúl Castro sobre questão dos direitos humanos.
Na parte da tarde, o presidente participará de um fórum de negócios.
A visita histórica do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Cuba entra nesta segunda-feira (21) no segundo dia. Ele se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro, no Palácio da Revolução.
Ao chegar no domingo (20), o presidente americano destacou a importância da visita. “Esta é uma visita histórica, e é uma oportunidade histórica para se envolver diretamente com o povo cubano e para moldar novos acordos comerciais, construir novos laços entre os dois povos e para eu colocar para fora a minha visão para um futuro que é mais brilhante que o nosso passado. ”
A visita a Cuba era impensável até que Obama e o presidente de Cuba, Raúl Castro concordaram, em dezembro de 2014, em acabar com um distanciamento que começou quando a revolução cubana derrubou um governo pró-norte-americano em 1959.
Na parte da tarde, o presidente participará de um fórum de negócios entre líderes empresariais dos EUA com representantes de companhias estatais cubanas e do incipiente setor privado da ilha, cooperativas e os chamados “cuentapropistas”, ou empreendedores, segundo a EFE.
O governo dos Estados Unidos expressou em várias ocasiões sua intenção de ajudar no desenvolvimento desse setor emergente que está abrindo passagem em Cuba e que está modernizando sua economia.
Pela parte americana, participarão desse encontro o fundador da empresa americana de aluguel de imóveis particulares Airbnb, Brian Chesky; o diretor administrativo e assessor geral da rede hoteleira Starwood, Kenneth S. Siegel e o executivo-chefe de PayPal, Daniel Schulman; além do chef espanhol José Andrés, que possui vários restaurantes nos EUA, de acordo com a EFE.
Também participará desse fórum o cubano-americano Saul Berenthal, cofundador da Cleber, a primeira empresa americana que conseguiu, no mês passado, uma licença do Departamento do Tesouro para instalar-se em Cuba – no caso, uma fábrica para produzir tratores na Zona Especial de Desenvolvimento do Mariel, projeto do governo da ilha para captar investimento estrangeiro.
A agenda de Obama na segunda-feira concluirá com um jantar de Estado, oferecido pelo presidente Raúl Castro, no Palácio da Revolução.
Kremlin
O Kremlin comentou nesta segunda a histórica visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Cuba, dizendo que é do interesse da Rússia que Havana, sua aliada há muitos anos, tenha boas relações com os EUA, segundo a Reuters.
“Décadas de relações amigáveis ligam Rússia e Cuba”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante teleconferência com repórteres. “Temos interesse que Cuba, amigável a nós, mantenha boas relações com seus vizinhos e acima de tudo com os Estados Unidos”.
Aproximação
Em julho, EUA e Cuba retomaram suas relações diplomáticas e abriram embaixadas nos respectivos territórios depois de vários meses de negociações que puseram um ponto final a mais de meio século de ruptura. anúncio de que os dois países retomariam suas relações foi feito em dezembro do ano passado.
Apesar da reaproximação histórica, o embargo econômico imposto à ilha ainda vigora. Seu levantamento, defendido por Obama, depende da aprovação do Congresso dos EUA.