Para grupo do vice, momento do país exige ‘cautela’ e ‘paciência’.
Agenda de Temer para esta segunda não prevê evento externo.

O vice-presidente Michel Temer acompanhou a votação do impeachment na Câmara acompanhado de aliados na residência oficial do Palácio do Jaburu. Ele optou por não fazer declarações públicas após o resultado de dar continuidade ao processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, o que colocaria Temer no poder. Para aliados do vice, o momento é de cautela e ele deve falar em público somente após uma decisão do Senado.

A avaliação do grupo de Temer é que falar agora, de forma institucional, passaria a impressão de que ele está se antecipando  num processo que  ainda não chegou ao fim e que estaria avançando sobre as prerrogativas de Dilma.
O vice recebeu a visita de aliados ao longo de todo o domingo. Durante a votação, ele estava acompanhado de alguns dos mais próximos, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR), e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o primeiro a deixar o o cargo após o rompimento do partido com o governo, e Eliseu Padilha (PMDB-RS), fiel escudeiro de Temer e que trabalhou no corpo a corpo com os deputados.

Ao lado dos aliados, o vice conferiu sua lista interna de votos para contabilizar o que poderia ser traição e o que foi voto a favor de última hora.

Nesta segunda (18), ele não tem previsão de agenda pública.