Mais de 100 mil trabalhadores no Ocupa Brasília. Liderados pela FEQUIMFAR e CNTQ, os Químicos de todo o País marcharam sobre a capital federal e pediram o fim da tramitação dos projetos que interferem na Previdência e nas leis trabalhistas e um basta na corrupção.
A delegação do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos, formada por diretores, assessores e trabalhadores, partiu na tarde de terça (23) rumo à Capital Federal, a fim de participar do Ocupa Brasília – grande ato que as Centrais Sindicais (Força Sindical, CTB, CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, CGTB e CSP- Conlutas) realizou nesta quarta-feira, 24 de maio, com a participação das demais categorias e movimentos sociais.
Os manifestantes se reuniram pela manhã em frente ao estádio Mané Garrincha e depois seguiram em caminhada até o Congresso passando pela Esplanada dos Ministérios.
“Neste dia histórico para a luta da classe trabalhadora, os Químicos de Guarulhos e de todo o Brasil, liderados pela FEQUIMFAR e CNTQ, tiveram importante participação na construção deste capítulo para que os direitos, justiça e a democracia prevaleçam. Seguimos unidos, dizendo não ao desmonte dos direitos dos trabalhadores e da estrutura sindical imposta pelo Governo Temer. Também pedimos um basta na corrupção e eleições diretas”, Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindiquímicos e CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico.
Silvan reitera que o ato das Centrais foi pacífico e condenou as cenas de violências.
Ato grandioso e significativo contra os desmandos do Governo
Esta também é a opinião, da Força Sindical, que fez um balanço positivo deste dia, e, em nota, rechaçou a infiltração de black blocs no ato grandioso e significativo. “Foi uma manifestação pacífica e organizada, mas forte o suficiente para atrair a atenção de toda a mídia brasileira e boa parte da atenção internacional.
Não temos nada a ver com esses baderneiros.
E igualmente atribuímos ao despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público. Em lugar de prender bandidos comuns e qualificados, de máscara ou de colarinho branco, infelizmente essa polícia se especializa em atacar trabalhadores e trabalhadoras”.
“Não há a mínima condição de estas reformas prosseguirem. Têm de ser retiradas e refeitas, repactuadas com toda a sociedade e, especialmente, com o movimento sindical. Não há mais como não ver esta realidade.
O País precisa de uma saída constitucional e pactuada para superar este momento de profunda crise. Saídas combinadas apenas pela elite brasileira, no andar de cima, sem a participação efetiva dos trabalhadores, não funcionam e são inaceitáveis. O diálogo nacional, para ser efetivo, tem de incluir os trabalhadores”, assina Paulo Pereira da Silva – Paulinho, presidente da Força Sindical.