Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que os preços dos remédios subiram 10,52% neste ano. O aumento reflete o reajuste autorizado pelo governo, que passou a vigorar no fim de março.

Os remédios foram autorizados a serem reajustados em até 12,50%. Esse limite é traçado com base na inflação passada e outros fatores como produtividade do setor, concorrência e custo dos insumos dos produtos.

Os maiores aumentos no período foram registrados em psicotrópico e anorexígeno (12,28%), gastroprotetor (11,57%) e anti-inflamatório e antirreumático (11,12%). O antigripal foi o que menos subiu (8,73%).

O aumento dos produtos farmacêuticos está bem acima da inflação medida pelo IPCA, a oficial do país. De janeiro a maio deste ano, o índice foi de 4,05%, conforme divulgou o IBGE na manhã desta quarta-feira (8).

Os preços dos remédios não subiam tanto desde 2003, quando acumularam alta de 11,50% (considerando o ano inteiro). Naquele ano, o câmbio disparou com as incertezas do mercado sobre o primeiro governo PT.

Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, a tendência dos preços dos produtos farmacêuticos é estabilizar daqui para frente. Pelo padrão histórico, os preços não encostam no limite do reajuste.

“As farmacêuticas sempre oferecem algum desconto no medicamento. Então, vamos ver os preços flutuarem pouco daqui para frente”, disse a coordenadora do IBGE durante a coletiva para divulgação do IPCA de maio.