Os pedidos de falência encerraram o ano com alta de 12,2% no acumulado de 2016 em relação ao mesmo período de 2015, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, o número de pedidos de falências recuou 7,0% na comparação mensal com novembro e aumentou 19,2% em relação a dezembro de 2015 (comparação interanual).
No acumulado do ano, as falências decretadas subiram 14,7% em relação ao ano anterior. Na comparação interanual aumentaram 66,7% e diminuíram 11,2% ante o mês anterior.
Os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas terminaram o ano com crescimento de 49,4% e 59,4%, respectivamente.
Seguindo a tendência esperada pela Boa Vista SCPC, mesmo com a leve desaceleração apresentada nos últimos meses, os indicadores de solvência encerraram o ano maiores do que os registrados no ano anterior. A redução da atividade econômica somada aos elevados custos, à restrição e encarecimento do crédito dificultaram a geração de caixa das empresas e agravaram a situação das empresas que já não vinham bem desde 2015. Em 2017, com uma possível melhora dos indicadores macroeconômicos, os indicadores devem apresentar sinais de melhora.
As pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 86% dos pedidos de falências e 94% das falências decretadas. Tanto nos pedidos de recuperação judicial como nas recuperações judiciais deferidas, as pequenas empresas também correspondem ao maior percentual, ambas com 93% da totalidade de casos.
Na divisão por setor da economia, o setor de Serviços foi o que representou o maior percentual nos pedidos de falência (39%), seguido do setor Industrial (37%) e do Comércio (24%). Em termos de crescimento, o setor industrial foi o que mais aumentou nos valores acumulados no ano (em relação ao ano anterior), com alta de 14,2%. Mantida base de comparação, o Comércio obteve aumento de 12,5% nos pedidos de falência, enquanto o setor de Serviços cresceu 10,1%.