Redução de recursos pode ser agravada por reforma da Previdência, alerta especialista em orçamento de seguridade social.

 

Com a redução de 1 bilhão de reais no orçamento da Saúde para 2019, autorizada pelo Congresso Nacional, programas como o Farmácia Popular, que teve redução de 20% na modalidade gratuita, passando de R$ 2,5 bilhões para R$ 2 bilhões, ações de prevenção e tratamento à dengue, chikungunya e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), assim como investimentos na saúde indígena deverão ficar comprometidos.

No Repórter SUS, produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), o especialista em orçamento da seguridade social, Matheus Magalhães, faz uma análise preliminar da Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso em dezembro, que aguarda sanção do presidente da República.

“O que vem acontecendo com as despesas com saúde, nos últimos cinco anos, é a redução do aporte de recursos na saúde”, afirma Magalhães, que também é funcionário público da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

O “modelo de gestão” é algo que merece atenção especial, de acordo com o analista. “Teremos maior privatização da gestão, não só da entrega do serviços, mas da gestão própria dos serviços de saúde na esfera federal.”

Ele alerta ainda para a Reforma da Previdência, que poderá gerar ainda mais cortes nos recursos previstos da saúde.

 

 Ana Paula Evangelista, edição de Cecília Figueiredo