Dados são do SPC Brasil e da CNDL.
Entidades destacam que a alta da inadimplência teve a 4ª desaceleração.

 O número de empresas com contas em atraso subiu 11,61% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Foi a menor alta anual desde setembro de 2015, quando houve crescimento de 9,89%. Já em relação a maio, houve alta de 1,27% no número de empresas com contas em atraso. No mês anterior, a pesquisa havia registrado queda de 0,71% na inadimplência, no priumeiro recuo mensal também desde setembro de 2015, quando houve dominuição de 0,02%.

inadimplencia das empresas (Foto: G1)

 

As entidades destacam que o número de empresas devedoras ainda é alto, mas acrescentam que o aumento vem desacelerando há 4 meses. “O resultado de julho representa a quarta desaceleração consecutiva do indicador, ainda que este continue crescendo de forma bastante significativa em relação à série histórica como um todo, o que reflete as dificuldades econômicas enfrentadas no país”, disse em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “

Para o, o crescimento da taxa de inadimplência demonstra o quanto o aprofundamento da recessão, que somente agora parece começar a ceder, afetou as empresas. “A alta da inadimplência observada entre as empresas é um duro reflexo do cenário que limita o crédito e engessa o crescimento das pessoas jurídicas”, acrescenta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

O setor credor de serviços, que engloba os bancos e financeiras, lidera a participação no total de dívidas em atraso das empresas – ou seja, representam a maior parte dos credores para quem as empresas e pessoas estão devendo. Esse setor concentra mais da metade das dívidas. Em seguida, o segundo maior credor é o setor de comércio.