O novo governo grego de Alexis Tsipras, cuja composição foi anunciada na noite de ontem (22), tomou posse (23), antes da partida do primeiro-ministro para a cúpula europeia em Bruxelas.
A equipe de Tsipras integra vários ministros do governo anterior, como Euclid Tsakalotos nas Finanças, cuja primeira tarefa vai ser a aplicação do plano de resgate de 86 bilhões de euros em três anos, concluído com os credores do país, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI), em julho. Georges Chouliarakis é o adjunto de Tsakalotos.
A pasta da Defesa fica, uma vez mais, com Panos Kammenos, o presidente do partido Gregos Independentes (direita nacionalista), que soma dez deputados aos 145 do Syriza de Tsipras, para conseguir uma maioria absoluta no parlamento (155 em 300).
Kammenos esteve perto de não conseguir, no domingo, votos suficientes para entrar no Parlamento e a formação ultrapassou, de forma apertada (3,73%), os 3% necessários para ter representação parlamentar.
Outro dos ministros que se mantém no cargo é Nikos Kotsias, nos Negócios Estrangeiros.
O novo governo é formado por 16 ministros, mais três do que no primeiro governo de Tsipras, 16 ministros adjuntos (menos dois do que em janeiro) e 12 vice-ministros (mais dois).
Como no primeiro governo de Tsipras, em janeiro, os ministros prestaram juramento em dois momentos diferentes, numa cerimônia na Presidência da República.
O primeiro grupo, no qual se encontrava Kammenos, prestou juramento sobre o Evangelho, perante dignitários religiosos ortodoxos. O segundo, mais importante, prestou um juramento civil perante o presidente da Grécia, Prokopis Pavlopoulos.