De olho nas eleições, os ministros do Governo Temer tem se desligado dos cargos.

Na última semana, dois ministros deixaram o governo com o objetivo de disputar as eleições: Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho; e  Marcos Pereira (PRB), da Indústria e Comércio Exterior. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, já anunciou que vai deixar a pasta para tentar se reeleger deputado federal. A expectativa é que outros da equipe ministerial sigam o mesmo caminho. São dadas como certas as saídas de outros 11 ministros. Três deles concorrerão a uma vaga na Câmara: Mendonça Filho, da Educação, Osmar Terra (MDB-RS), do Desenvolvimento Social e Agrário e Raul Jungmann (PPS-PE), da Defesa.

Veja quem são os ministros que devem deixar o governo até o início de abril:

  • Fernando Coelho (Minas e Energia, sem partido)
  • Helder Barbalho (Integração Nacional, MDB)
  • Sarney Filho (Meio Ambiente, do PV)
  • Leonardo Picciani (Esportes, MDB)
  • Marx Beltrão (Turismo, MDB)
  • Maurício Quintela (Transportes, PR)

 

Um que pode disputar a reeleição para senador. É o caso do ministro tucano Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores, do PSDB). O tucano, no entanto, ainda não anunciou sua posição sobre a campanha eleitoral de 2018.

O ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, é outro que vai deixar o governo, mas ainda não definiu o cargo que disputará. Ele é presidente licenciado do PSD. Pode, inclusive, compor uma chapa do PSDB como candidato a vice-governador em São Paulo.

Por último, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem planos de ser candidato a presidente da República pelo PSD, mas já avisou que só tomará uma decisão na reta final do prazo de desincompatilização.

É mais que o dobro que o governo de Dilma Rousseff (PT) em 2014 e mais de 4 vezes que o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

O que parece ser um simples desligamento para cumprimento de lei revela também a falta de comprometimento do governo Temer  que investiu pesado na liberação de dinheiro para obras de deputados federais e agradou partidos com nomeações  em troca de aprovação da reforma trabalhista e derrubada de denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Somado a isso, o envolvimento de aliados, ministros e do próprio presidente em escândalos de corrupção tem causado alvoroço e proporcionado mudanças a toque de caixa, o que revela também que mais uma vez a população, e, sobretudo, os trabalhadores irão pagar a conta. Sem falar nos substitutos, todos, até agora, envolvidos em falcatruas, desconstituições  de direitos, crimes de pedofilia, contra as mulheres. As chamadas fichas sujas.

Além da falta de compromisso  e no afã de acabar com os direitos trabalhistas e dos aposentados, o governo Temer se pauta pela falta de respeito. A exemplo do presidente toda a sua equipe parece ter sido formada para passar um “verão”. Foram convocados, promoveram a destituição de direito, ganharam seu quinhão e agora partem para voos mais altos. O que no Brasil equivale a acumular ainda mais prestígio e dinheiro.

Segundo Otton Von Bismarck, os cidadãos não poderiam dormir tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis. E eu vou ainda mais longe. Não dormiram nunca, sequer tirariam um cochilo se soubessem como são construídos e costurados os conchavos e os apoios. Mas dada a inércia  a que toda a população está sendo acometida, após os “20 centavos” e “revolução das panelas”, o ano de 2018 promete ainda mais conchavo, ainda mais apoio em troca de rios de dinheiro,   todos eles de causar engulho na gente de bem,  mas que não será capaz de mover uma pedra ou sequer levantar uma poeira sobre a moralidade do povo de Brasília.  E se não bastasse tudo isso, anda estamos em ano de Copa do Mundo. Enquanto o Brasil jogar… o aumento de juros, da inflação, a retirada de diretos e de uma sucessão de contratempos não terão tanta importância quanto os gols que o Neymar poderá fazer. Afinal, o Brasil do futebol está meio que acostumado com o jeitinho brasileiro e que os experts do Planalto e de algumas regiões do país comandam com maestria.

Fonte:  Portal DiaD’Notícias com informações do Poder 360