O ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) anunciou, na manhã desta segunda-feira (1º),  um pacote de R$ 171,1 milhões para obras na área de Educação em todo o país. As informações foram repassadas durante evento  realizado na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife. Ao todo, 1.812 intervenções serão beneficiadas pelos recursos. Segundo ele, a verba será direcionada , sobretudo, para construções e reformas que estavam em ritmo lento ou paralisadas.

Do valor total, R$ 142,18 milhões são destinados a 1.725 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Educação, enquanto R$ 28,92 milhões seguem para 87 obras vinculadas ao Plano de Ações Articuladas. O PAR, de acordo com o ministério, contempla projetos elaborados pelos municípios para melhoria dos índicices da educação básica. 

Mendonca Filho informou que a liberação é imediata e os recursos serão repassados ainda nesta segunda-feira. Entre as obras beneficiadas pelos recursos estão a construcao, ampliação e reforma de escolas e creches, além da construção de quadras.

De acordo com o ministro, os recursos são divididos entre os Estados e municípios obedecendo a critérios técnicos. “São critérios como o estágio das obras, prioizando obras perto da conclusao, e a condição do município em relação ao cumprimento de metas”, exemplificou.

Pernambuco vai receber R$ 7,16 milhões, que serão repassados para 46 municípios. O presidente da Amupe, Luciano Torres, comemorou a liberação. “Sem esses recursos, não conseguiríamos fechar as contas no fim do ano e a educação é uma área onde não se pode cortar”, comentou.

Mendonça destacou também que as prioridades do Ministério da Educação são os ensinos infantil, fundamental e médio, além da qualificação dos professores. “Queremos discutir uma política nacional de valorização do salário dos professores, de forma integrada com Estados e municípios”, disse.

Sem partido
Durante o evento, o ministro falou sobre a polêmica que envolve a ideia de implantação de um ensino público sem relação com ideologias políticas. Mendonça Filho evitou entrar no debate da chamada “escola sem partido”.

“Eu nao entrarei na discussao. Acho que é algo impossível de se controlar. Não defendo que se crie um tribunal para definir se a posição política do professor está adequada ou não. O relevante é garantir ao estudante acesso a um conteúdo que seja amplo plural representativo e democrático”, destacou.