Em 2015, o IPCA havia alcançado 10,67%; em dezembro, índice acelerou para 0,30%, mais do que em novembro

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminou 2016 com elevação de 6,29%, abaixo do teto da meta do governo, de 6,5% ao ano, informou o IBGE nesta quarta-feira, 11. O resultado ficou abaixo do IPCA de 2015 (+10,67%) e de 2014 (+6,41%).

Em dezembro, o IPCA subiu 0,30%, uma aceleração em relação ao resultado de novembro (+0,18%). Ainda assim, o IPCA de dezembro foi o mais baixo para esse mês desde 2008 (0,28%).

O encarecimento dos alimentos foi o que puxou os resultados da inflação no mês e no ano. O IBGE destaca que, em um ano em que a produção agrícola ficou 12% abaixo da colhida em 2015, o consumidor passou a pagar, em média, 8,62% mais caro do que em 2015 para adquirir alimentos.

Os alimentos para consumo em casa subiram 9,36%, enquanto a alimentação consumida fora de casa subiu 7,22%. No entanto, no ranking dos impactos individuais, a alimentação fora de casa é líder, com 0,63 ponto porcentual de contribuição para a alta do IPCA.

 

Nesta quarta-feira, 11, o Banco Central também decide a taxa básica de juros da economia, a Selic. A expectativa do mercado é de um corte de 0,50 ponto porcentual do juro, embora boa parte do mercado já projete uma redução de 0,75 ponto.

Baixa renda. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), conhecido como “inflação da baixa renda”, subiu 0,14% em dezembro, após ter registrado alta de 0,07% em novembro. Como resultado, o índice encerrou 2016 com uma elevação acumulada de 6,58%.

O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados.