Maior queda ocorreu entre consumidores com renda familiar até R$ 2.100. Indicador atingiu máxima histórica em fevereiro deste ano (11,4%).

 

A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes caiu de 10% para 9,8% em agosto. O resultado confirma a trajetória de queda do indicador no curto prazo depois de atingir sua máxima histórica em fevereiro deste ano (11,4%).

A maior queda ocorreu entre os consumidores com renda familiar até R$ 2.100, com recuo de 0,4 p.p. sobre julho, alcançando 10,4%.

Considerando-se a distribuição de respostas, a proporção dos consumidores pesquisados que esperam inflação superior a 10% nos próximos 12 meses caiu de 36,2% para 34,7%. Já a proporção dos consumidores que acreditam que a inflação ficará entre 0 e 6,5% subiu de 7,6% para 8,3%.

“A queda de 14% na expectativa de inflação dos consumidores em relação à máxima do ano, de 11,4%, reflete um alívio e uma preocupação. Alívio, pois a trajetória de aumento de expectativas de inflação do consumidor iniciada em 2015 reverteu-se e preocupação, porque a queda mostra-se lenta, reflexo da resiliência apresentada no índice de inflação oficial”, diz o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.