O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 1,39 bilhão em três operações de financiamento destinadas a impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação na indústria farmacêutica nacional. Um marco para o Complexo Econômico da Saúde. 

O anúncio foi feito em evento realizado no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin. 

Os recursos foram distribuídos entre a EMS (R$ 500 milhões), Aché (R$ 390 milhões) e Eurofarma (R$ 500 milhões), todos provenientes do programa BNDES Mais Inovação. Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, ressaltou a importância do complexo da saúde, que responde por cerca de 9,7% do PIB nacional.  

“É um setor crucial que não só impulsiona a inovação tecnológica, mas também desempenha um papel vital na melhoria da qualidade de vida da população. O que estamos fazendo hoje vai além da produção de genéricos; estamos iniciando o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas e produtos inovadores. Nosso objetivo é registrar produtos tanto no Brasil quanto nos mercados mais sofisticados, como os Estados Unidos e a União Europeia. Estamos financiando projetos de inovação de ponta na indústria da saúde, um setor que é motivo de orgulho para o país e que será cada vez mais relevante”, afirmou. 

Mercadante destacou ainda que, com o apoio do BNDES, a indústria farmacêutica nacional poderá oferecer medicamentos inéditos com uma redução mínima de 35% no preço ao consumidor.  

“Sem negar a ciência, o governo do presidente Lula incentiva a pesquisa e o desenvolvimento, fortalecendo a indústria nacional e reduzindo o histórico déficit da balança comercial no setor”, completou. 

José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, enfatizou que os três projetos aprovados estão em sintonia com a nova política industrial do governo.  

“A Nova Indústria Brasil tem como um dos seus objetivos fortalecer o Complexo Econômico-Industrial de Saúde, por meio de investimentos que possibilitem o desenvolvimento de novos medicamentos, reduzindo a vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde”, declarou. 

Desde janeiro de 2023 até o último mês, o BNDES já aprovou R$ 4,5 bilhões em crédito para o complexo industrial da saúde, um valor recorde desde o início da série histórica, em 1995. Somente entre janeiro e julho deste ano, as aprovações de crédito para o setor somaram R$ 2,28 bilhões, superando em 34% o total registrado em 2023. 

No segmento da indústria farmacêutica, o montante aprovado nos primeiros sete meses de 2023 já atingiu R$ 2,1 bilhões, um aumento de 33% em relação a todo o ano de 2023 (R$ 1,51 bilhão). Com esse apoio, as indústrias estão desenvolvendo novos medicamentos, novas associações farmacêuticas, vacinas, além de montarem centros de pesquisa e desenvolvimento e adquirirem novas máquinas e equipamentos. 

O BNDES projeta investir mais R$ 1,5 bilhão em novas operações no Complexo da Saúde, totalizando R$ 5,5 bilhões em dois anos. Além disso, o Banco está em processo de estruturação de um Fundo de Investimento em Biotecnologia, focado em startups de saúde, especialmente aquelas que oferecem soluções baseadas em ciência e tecnologias de alta complexidade, como a biotecnologia. O fundo deverá contar com R$ 250 milhões, com participações do BNDES, Finep e investidores privados. 

Fonte: Agência BNDES
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