As demissões da indústria de eletroeletrônicos começam a desacelerar, sinal de que uma estabilização no saldo de funcionários pode estar próxima, aponta a Abinee, que representa o setor.

Em seu 16º mês consecutivo de cortes, em maio, o total de empregados caiu 0,2% -a menor retração desde fevereiro do ano passado.

O resultado indica uma retomada da confiança dos empresários, diz o presidente da entidade, Humberto Barbato.

“Os cortes continuam, mas não deverão voltar ao ritmo dos últimos meses. A partir de agosto ou setembro, já esperamos ver uma recuperação dos negócios”, afirma.

As contratações, porém, deverão vir só em 2017. No acumulado de 12 meses até maio, foram eliminados 15% dos empregos da indústria.

O principal motivo de otimismo das empresas é a troca de governo. Ao menos 66% delas se dizem confiantes na melhora da economia.

O desempenho, no entanto, ainda foi negativo para a maior parte do setor.

A taxa de companhias que viram suas vendas caírem foi de 57% em maio. A porcentagem das que tiveram aumento dos pedidos foi de 27%, quatro pontos percentuais a mais que no mês anterior.

As exportações são apontadas como alternativa por ao menos 37% das empresas, que elevaram suas vendas para fora neste ano. “Mas elas ainda influenciam pouco na manutenção dos empregos da indústria como um todo.”