O governo de Michel Temer vai apoiar a proposta de terceirização irrestrita, para qualquer tipo de atividade profissional, nos moldes do projeto aprovado na Câmara no início de 2015 e que está à espera da votação no Senado.

O Palácio do Planalto quer que o texto – apoiado por associações patronais e rejeitado pelas centrais sindicais – passe ainda em 2016. Apesar de o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ter dito que o governo vai encaminhar ao Congresso outro projeto sobre o tema, não há dúvidas no núcleo duro que assessora Temer do apoio a essa proposta, que já tramitou na Câmara.

Será preciso, no entanto, convencer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A ideia é entregar ao setor produtivo uma medida concreta que represente redução de custos. A reforma trabalhista deve permitir que as convenções coletivas prevaleçam sobre as normas legais.

Visões opostas

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), reforma é um dos “avanços fundamentais” para a melhora do ambiente de negócios. Centrais sindicais dizem que o projeto só beneficia as empresas. (O Estado de São Paulo)