Torcedores, familiares e amigos lotam a Arena Condá para prestarem homenagens aos mortos no acidente aéreo na Colômbia com o time da Chapecoense. Silvan, presidente do Sindiquímicos, lamenta a perda dos atletas, dos profissionais da mídia e de todos os envolvidos. 

Os corpos chegaram por volta das 12h25 ao estádio, depois de um cortejo que percorreu as ruas da cidade. As arquibancadas estão lotadas de torcedores que, emocionados, se abrigam debaixo de capas e guarda-chuvas.

Em várias partes do estádio que recebe o funeral coletivo vê-se faixas em agradecimento ao povo da Colômbia, país onde ocorreu o acidente e que prestou o atendimento e o resgate das vítimas. Na última quarta-feira (30), uma cerimônia muito emocionante em homenagem às vítimas foi realizada no estádio de Medellín, exatamente no horário em que seria disputada a final da Copa Sul Americana.

Alguns torcedores levaram à Arena Condá, inclusive, a bandeira colombiana. “Colombia, gracias por todo”, é o que diz uma das faixas. Outra, em inglês, diz “A todo mundo, o que nos resta é agradecer”.

                                           

Foto: Daniel Isaia/ Agência Brasil      

Tragédia com a Chapecoense: A negligência interrompeu a trajetória brilhante dos atletas

No final de novembro, o mundo do futebol viveu uma tragédia com a queda do avião que levava a equipe da Chapecoense para disputar a final da Copa Sul Americana, na cidade de Medellín, Colômbia. Infelizmente a cinco minutos para pousar no aeroporto local, o aparelho caiu por falta de combustível matando 71 pessoas, entre elas 19 jogadores do time catarinense.

Decorridos alguns dias e a descoberta dos motivos que provocaram esse acidente, percebo como a negligência pode provocar prejuízos irreparáveis, principalmente quando há perdas de vidas. Percebo que houve falha coletiva envolvendo empresa, piloto, controlador de voo e agência nacional de aviação da Colômbia.

Como pode uma aeronave numa viagem de 4 mil quilômetros não ter plano de voo? E o combustível necessário para cobrir este percurso e até pouso para reabastecimento e prosseguir a viagem sem maiores riscos? Absurdo é descobrir pela imprensa que este mesmo aparelho já fez outras viagens com o combustível no limite.

Já próximo do aeroporto, quando percebeu que não seria mais possível continuar no ar, o piloto deveria tentar a todo custo pousar. Neste ponto o controlador de voo falhou após ouvir o relato de que o avião estava em processo de pane seca, sem mais tempo de permanecer voando.

Seria a mesma coisa de alguém ferido gravemente chegar à emergência do hospital e o médico pedir para aguardar atendimento. Pelo áudio que circula na internet é visível o desespero do piloto pedindo permissão para pouso e no final a citação do nome de Jesus e o silêncio, denunciando a queda do aparelho e a morte dos 71 passageiros, inclusive do piloto, pois o aparelho bateu de pico no solo.

A diretoria, funcionários e colaboradores da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico) entristecidos, deixamos nossas condolências aos familiares das vítimas que perderam suas vidas neste acidente aéreo, principalmente dos atletas e dirigentes da Chapecoense, que bruscamente interrompeu uma brilhante trajetória de conquistas.

Que Deus, em sua infinita misericórdia, conforte o coração de todos e continue sendo a rota segura neste momento tão difícil, quando ocorre a perda de alguém tão querido, deixando o coração ferido e a alma triste. Este é o nosso voto à população de Chapecó, cidade sede desta equipe maravilhosa, Chapecoense, que se transformou no segundo time de todos os amantes do bom futebol.

Antonio Silvan Oliveira é presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos e da CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico
Fonte: Troad Comunicação e Assessoria de Comunicação da CNTQ