Na reunião que aconteceu na noite deste domingo (8) no Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer finalizou com uma solução intermediária para o dilema que estava enfrentando para tentar reduzir o número de ministérios.

Temer deve abrir mão de indicar “notáveis” para compensar os partidos políticos e, com isso, tentar conseguir uma redução maior no número de pastas. Inicialmente, o grupo de Temer chegou a sugerir um corte de 32 para 20 ministérios.

Um exemplo desta solução foi o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que ficou acertado para ocupar o Ministério da Saúde. Antes, ele tinha feito sondagem com o médico Raul Cutait, cirurgião que se enquadrava no perfil de “notáveis”.

Mas, diante da resistência do PP, Temer acabou cedendo à indicação do partido. Na reunião desta noite, ele foi informado que Ricardo Barros se viabilizou na área após conversas com médicos de São Paulo.

Nas palavras de um interlocutor de Temer, que participou da reunião no Jaburu, do ponto de vista prático não dá para reduzir o número de ministérios e fazer um primeiro escalão apenas com nomes de referência da sociedade.

De forma pragmática, esse interlocutor lembrou que Temer precisa aprovar matérias impopulares e, portanto, precisa do apoio de todos os partidos. O vice-presidente estava incomodado com a pressão dos pequenos partidos para o loteamento da Esplanada dos Ministérios.

Um caso concreto levado na reunião desta noite foi o do PRB. O partido já indicou o presidente da legenda, pastor Marcos Pereira, para o Ministério da Ciência e Tecnologia.

No Jaburu, a avaliação feita é que nem sempre é possível encontrar uma solução que contemple todos os critérios, como foi o caso do senador Blairo Maggi (PR-MT) para a Agricultura –  que, além do apoio político, tem o respaldo do setor agropecuário. Como revelou o blog no sábado (7), para ser nomeado para a Agricultura, Blairo terá de sair do PR e se filiar ao PP.