Reunidos na manhã desta quinta-feira, dia 30 de março , para a 2ª rodada de negociação referente a Campanha Salarial e Social do dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Industrial Farmacêutico, dirigentes e lideranças da FEQUIMFAR – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo, entidade filiada a Força Sindical, CNTQ e IndustriALL, e de seus Sindicatos filiados, inclusive Guarulhos, conquistaram uma proposta de reajuste. As discussões foram realizadas na sede da FEQUIMFAR em São Paulo.

 

Nossa assembleia de avaliação e deliberação da proposta apresentada pelo SINDUSFARMA será no dia 7 de abril, sexta-feira:
14h30 e 17h, em primeira convocação
15h30 e 18h, em segunda convocação
Local: Guarulhos: Auditório da Sede Social, Rua Iraci Santana nº 34 (Antigo 85), Macedo.
Franco da Rocha : Subsede Franco da Rocha – Av. dos Expedicionários, 120 – 2º Andar – Sala 6 – Centro

Na avaliação de Antonio Silvan Oliveira, presidente do Sindicato dos Químicos de Guarulhos e Região – Sindiquímicos, apesar de considerar que a proposta atende, em parte, a nossa pauta observamos que o setor Farmacêutico, segundo relato das empresas e dos representantes do SINDUSFARMA, está sim em um momento positivo. E por isso, estamos trabalhando para alinhar um ponto divergente, mas que pode chegar a um bom consenso, que é a extensão do cartão de compras a todos os trabalhadores, independente da função.
Silvan ressalta também que chegou a hora de acabar com teto de aplicação do reajuste salarial.
“Tivemos um importante avanço nas negociações e estamos em busca de ainda mais conquistas no valor de alcance do cartão-alimentação”, salienta.

Principais destaques da Proposta
Com aumento real nos salários, mais a PLR e a manutenção dos direitos , acordados nas convenções coletivas de anos anteriores. Desse modo, fica assegurada a manutenção da ultratividade das normas coletivas.

Reajuste de 5% no Piso:
R$ 1.629,13 – acima de 100 trabalhadores
R$ 1.447,41 – até 100 trabalhadores

PLR: Empresas acima de 100 trabalhadores: R$ 2.188,00 – Reajuste de 6,91% pelo INPC/IBGE* (estimado)

Empresas com até 100 trabalhadores: R$ 1.577,00 – Reajuste de 6,91% pelo INPC/IBGE* (estimado)

Cartão-alimentação:

Empresas acima de 100 trabalhadores: R$ 300,00 – 20% de reajuste pelo INPC/IBGE* (estimado)

Empresas com até 100 trabalhadores: R$ 201,40 – 9,46% de reajuste pelo INPC/IBGE* (estimado)

Manutenção da ultratividade da norma coletiva por 2 anos.

Manutenção do subsídio aos medicamentos.

*O índice oficial do INPC/IBGE do período deverá ser publicado na primeira quinzena de abril, sendo que estimativa atual é de 4,65%

A Campanha deste ano teve início no mês de fevereiro. A data-base da categoria é 1º de abril e os Sindicatos que integram a FEQUIMFAR, representam mais de 15 mil trabalhadores e trabalhadoras nas indústrias farmacêuticas do estado de São Paulo.

PERSPECTIVAS 2017 PARA O SETOR FARMACÊUTICO

Para 2017, segundo Nelson Mussolini, presidente executivo do SINDUSFARMA, a indústria farmacêutica espera que a equipe econômica do governo consiga melhorar o cenário macro, pavimentando o caminho para a redução da taxa de juros e a retomada do consumo das famílias. “Se isto se confirmar, projeta-se um crescimento de 10% do mercado de medicamentos neste ano.
Há ainda outro aspecto que gera otimismo. Com o dólar a R$ 3,20 o Brasil é atrativo para as multinacionais. Esse dado, somado à estabilidade da economia, cria um ambiente favorável para a retomada de investimentos, tanto de empreendedores locais quanto de players internacionais”, assinala.
Outro ponto positivo é que a indústria farmacêutica tem conseguido manter e até aumentar as ofertas de empregos. “Em meio à crise, o setor deu sua contribuição ao País. Num contexto de desemprego elevado e generalizado, ter contribuído para preservar e até aumentar postos de trabalho é auspicioso”, afirma Mussolini. O setor gera atualmente cerca de 100 mil empregos diretos e 600 mil empregos indiretos, segundo levantamento do SINDUSFARMA.
Faturamento com venda de remédios no país somou R$ 85,35 bilhões; medicamentos que geraram mais receitas foram analgésicos e antidepressivos.
As vendas da indústria farmacêutica brasileira cresceram 13,1% em 2016, somando R$ 85,35 bilhões, segundo levantamento realizado pela Interfarma, a associação que representa laboratórios farmacêuticos do país, a partir de dados da IMS Health. Os dez principais grupos farmacêuticos faturaram juntos R$ 48,59 bilhões no ano passado, correspondendo a 56,9% do mercado varejista.
Segundo a Interfarma, o valor reflete o preço de lista dos medicamentos, sem considerar eventuais descontos nas farmácias. O crescimento nominal da receita com vendas de remédios no país ficou acima da inflação, que ficou em 6,29% pelo Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA). Segundo o IBGE, os medicamentos ficaram 12,5% mais caros em 2016, a taxa mais elevada desde 2000, e ficou entre as categorias que mais pressionaram a inflação no ano passado.
“A indústria farmacêutica é, de modo geral, menos sensível às oscilações de mercado, seja para cima ou para baixo, então, faz seus planos considerando o médio e o longo prazo” acrescenta Pedro Bernardo, diretor da Interfarma
De acordo com consultoria GlobalData, a expectativa é que, até 2020, a indústria farmacêutica tenha no Brasil um valor de mercado de US$ 48 bilhões.
O País ocupa atualmente a sexta posição em vendas de medicamentos do mundo, com perspectiva de ocupar o quarto lugar nos próximos anos.

Fonte: O Nortão e ICTQ – Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade