informequim O Jornal Eletrônico do Sindicato - Fevereiro 2000 |
O governo federal está estudando uma mudança no índice de correção da caderneta de poupança que poderá encarecer o financiamento habitacional. Atualmente, os saldos das cadernetas de poupança são corrigidos pela Taxa Referencial de Juros (TR) mais um adicional de 0,5% por mês. A Taxa Referencial de Juros é uma média calculada pelo Banco Central dos juros praticados nos empréstimos bancários. No ano passado, a caderneta de poupança rendeu 12,25%.
A mudança que o governo quer fazer é trocar a Taxa Referencial pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). O IGPM é um índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas. No ano passado, o IGPM foi de 20,1%. Se a mudança for implementada, a poupança terá um ganho expressivo, pois a correção será por um índice bem maior.
Vantagem para o trabalhador? Nem tanto. A correção da caderneta de poupança é a mesma das prestações e do saldo devedor de quem tem casa financiada pelo Sistema Financeiro Habitacional. Assim, se o índice de correção da poupança aumentar, aumentarão também as prestações de quem tem casa financiada e também o saldo devedor das mesmas. O velho problema da dívida do financiamento habitacional subir acima até mesmo do valor do imóvel poderá agravar-se com esta mudança.
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