Se fechar o mesmo acordo que outros envolvidos no caso, ex-presidente da CBF nunca mais poderá falar com Marco Polo Del Nero
Assim que desembarcar, Marin ficará um ou dois dias preso nos EUA e então passará por uma audiência, na qual vai se declarar inocente, mas vai aceitar o acordo proposto pelos promotores americanos: entregar o passaporte, pagar uma fiança milionária, não entrar em contato com os outros acusados e cumprir pena em prisão domiciliar. José Maria Marin tem, desde 1989, um apartamento na luxuosa Trump Tower, na 5a Avenida, em Nova York.
Outros dois envolvidos no mesmo escândalo fecharam acordos semelhantes. O empresário argentino Alejandro Burzaco — que segundo as acusações era um dos corruptores — pagou uma multa de US$ 20 milhões. O ex-presidente da Concacaf Jeffrey Webb fechou um acordo por US$ 10 milhões. Os valores negociados pela defesa de Marin são mantidos em sigilo tanto pela defesa quando pelas autoridades americanas.
Outro ponto do acordo fechado pelos antecessores de Marin á proibição total de manter contato com outros indiciados ou suspeitos de participar do mesmo esquema de corrupção. Se essa parte do acordo também for aplicado ao ex-presidente da CBF, significa que José Maria Marin nunca mais poderá falar com Marco Polo Del Nero. O atual presidente da CBF é identificado pela investigação do caso como alguém que também recebia dinheiro de subornos. Ele nega.
Fonte: G1