Imagine uma pessoa em busca do tão sonhado prato de comida. Quando chega perto, ele fica mais distante.
Imagine uma pessoa em busca do tão sonhado prato de comida. Quando chega perto, ele fica mais distante. Segundo o secretário de Assuntos Previdenciários da CNTQ (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico) e vice-presidente do Sindiquímicos, Antonio Cortez Morais, essa é proposta do governo federal de fazer alteração na legislação, definindo novas regras para concessão das aposentadorias por tempo de contribuição.
“Desta forma é ampliada absurdamente os anos de permanência dos trabalhadores (as) no mercado por causa do fator 85/95 com progressividade no tempo de contribuição futuro”, explicou. Na avaliação de Cortez é importante que os companheiros dirigentes sindicais consultem os arquivos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrando o ganho na longevidade dos brasileiros.
Cortez destaca que a expectativa de vida para todas as idades até 80 anos apresentou aumento de três meses e 25 dias em relação a 2012, quando a esperança de vida era de 74,6 anos. “Comparado há dez anos, o brasileiro ganhou mais três anos de vida”, explicou.
Com o brasileiro vivendo mais, ressalta Cortez, os trabalhadores que solicitarem aposentadoria por tempo de contribuição à Previdência Social terão de trabalhar mais anos.
“A grande incoerência é que ao ganhar mais três anos de vida em relação há dez anos, como revela pesquisa do IBGE, o governo adota a tática para quem ainda se encontra na ativa de permanecer um ano a mais trabalhando. Ou seja, quando o trabalhador chega próximo da aposentadoria, precisa ficar mais um ano na ativa”, disse.