Uma antiga reivindicação da comunidade surda foi atendida neste ano. Na edição de 2017 do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), estudantes surdos ou com alguma deficiência auditiva que já contavam com tradutores especializados em Língua Brasileira de Sinais (Libras), têm agora vídeos explicativos traduzidos em Libras para orientações durante a prova.

Segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), as provas desses participantes são realizadas em salas adaptadas e separadas dos demais candidatos. Os intérpretes esclarecem dúvidas que não interfiram nas respostas às questões, além de traduzir informações gerais sobre a aplicação transmitidas pelos chefes de sala.

No caso de surdos e cegos são oferecidos guia-intérprete, prova ampliada, superampliada, em braille, tradutor-intérprete de libras, leitura labial, ledor, transcritor e sala de fácil acesso.

Segundo o coordenador de Políticas para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Toninho Messias, essa é uma importante conquista para a comunidade surda, que há tanto tempo espera por essa ação. “Existe uma série de atendimentos especializados que podem ser solicitados pelos estudantes com alguma deficiência ou que tenham alguma necessidade transitória, no momento da inscrição, tais como: tempo adicional, uso de tecnologias assistidas, salas com acessibilidade, caderno de provas com a fonte ampliada, auxílio para preenchimento do gabarito, entre outros; todos esses apoios só podem ser solicitados mediante a apresentação de laudo comprobatório da deficiência”, ressalta.

Tempo adicional

Os candidatos com deficiências como surdez, cegueira, déficit de atenção, dislexia e discalculia (desordem neurológica de compreender e manipular números) ou alguma outra condição especial também poderão solicitar tempo adicional. Da mesma maneira, esse requerimento deve ser feito no ato da inscrição com apresentação de laudo comprobatório.