Porém, ‘há predomínio de uma percepção ainda muito negativa’, diz FGV.
Avaliação positiva atingiu em 11 das 13 atividades pesquisadas.
Em janeiro, a avaliação positiva atingiu em 11 das 13 atividades pesquisadas e foi determinado tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes.
O Índice da Situação Atual (ISA-S), que integra o cálculo do ICS, subiu 4,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 1,2 ponto.
Empresas de Serviços. No entanto, se de um lado ampliam-se os sinais de que o auge da queda na curva de confiança tenha ficado para trás, de outro é possível perceber que há claro predomínio de uma percepção ainda muito negativa sobre o andamento dos negócios, expressa sobretudo na continuidade da intenção das empresas em prosseguir o ajuste do nível de emprego do setor às novas condições da demanda”, avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
Indústria
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 2,6 pontos em janeiro e iniciou o ano com melhora principalmente sobre a visão da situação atual, de acordo com dados da FGV.
O ICI atingiu 78,0 pontos em janeiro, maior nível desde março de 2015, graças principalmente à alta de 3,5 pontos do Índice da Situação Atual (ISA), para 78,5 pontos.
O Índice de Expectativas (IE) também apresentou melhora, de 1,6 ponto, para 77,9 pontos.
“A alta mais expressiva do ICI em janeiro decorre principalmente de avanços no processo de normalização de estoques do setor, às custas da manutenção de níveis muito baixos de utilização da capacidade produtiva”, explicou o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
“Associado à percepção de estabilização do nível de demanda, este ajuste de estoques tem colaborado para reduzir o pessimismo, sugerindo um cenário de atenuação das taxas de queda da produção industrial nos próximos meses”, completou.
Por sua vez, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada teve recuo de 1,1 ponto percentual e foi a 73,9 por cento em janeiro sobre o mês anterior, menor nível da série histórica iniciada em 2001.
A produção industrial brasileira deve ter encerrado 2015 com queda de mais de 8 por cento depois de ter recuado 2,4 por cento em novembro na comparação com outubro.