Em busca da “desinflação”
“O Copom considera que, diante de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista. O Comitê enfatiza que irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, afirma o comunicado.
De agosto de 2020 a janeiro do ano passado, a Selic foi mantida em 2%. Desde então, houve uma sequência de altas que agora levam a taxa básica ao seu maior nível desde janeiro de 2017. Mas isso não conseguiu conter a inflação, que segue em trajetória de elevação, já superando os dois dígitos. O IPCA atingiu 1,62% em março, maior índice para o mês desde 1994. E soma 11,30% em 12 meses.
A Força Sindical divulgou nota repudiando a decisão, que considera um “equívoco econômico” e desastrosa. Segundo o presidente da central, Miguel Torres, o aumento da Selic “é muito pouco eficaz no combate a inflação, encarece o crédito para consumo e investimentos, causa mais desemprego, queda de renda e prejudica os menos favorecidos economicamente”.
Também hoje, o Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos, aumentou a taxa de juros para um intervalo entre 0,75% e 1%. A alta foi de meio ponto percentual, a maior desde maio de 2000. (RBA)
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