Lista inclui novos tipos de exames em laboratórios, próteses e um remédio para tratamento do câncer de próstata. Regras começam a valer em janeiro.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar vai obrigar os planos de saúde a pagar por 21 procedimentos novos. E essas regras começam a valer em janeiro.

A lista inclui novos tipos de exames em laboratórios, próteses e um remédio para tratamento do câncer de próstata. A enzalutamida é uma medicação oral para controle da dor e de inflamações provocadas pelo segundo câncer mais comum nos homens.

Os planos de saúde também terão que oferecer teste rápido para dengue. O paciente vai saber na hora se está ou não com a doença. Se precisar, continua garantido o direito de fazer o exame de sangue para ter a confirmação.

Os deficientes auditivos passam a ter a opção de um novo tipo de prótese, implantada no osso.

E para pacientes com problemas cardíacos que precisam de ajuda para o coração não parar de bater, os planos vão cobrir o implante de um cardiodesfibrilador; para simplificar, é um marca-passo que também libera uma descarga elétrica, se for preciso.

Um medicamento usado no tratamento do câncer de mama, o everolimus, que já era oferecido, quase foi retirado da cobertura, mas a ANS garante que os planos vão continuar fornecendo o remédio.

A cada dois anos, a Agência Nacional de Saúde (ANS) inclui novos procedimentos e medicamentos que são de cobertura obrigatória para os planos de saúde. A escolha é feita em consultas públicas, com a participação das operadoras, dos prestadores de serviço e dos consumidores.

A nova lista começa a valer em janeiro de 2016. A ANS avalia a mudança durante um ano e, em 2017, decide se essa ampliação da cobertura terá algum custo nas mensalidades. “Tem ano que dá um impacto de 0,5%, tem ano que dá um impacto de 1%. Isso vai depender da utilização da demanda que a gente vai ater dos procedimentos e dos medicamentos que forem utilizados. O que a gente tem que estar focado é fundamentalmente na sustentabilidade, não só econômica, mas na sustentabilidade assistencial da nossa população”, diz o diretor presidente ANS, José Carlos Abrahão.

A Abrange, que representa as operadoras de planos de saúde, e a Federação Nacional de Saúde Suplementar declararam que cumprem as determinações da ANS, mas que os custos gerados pela inclusão de novos procedimentos pode encarecer os planos de saúde.

Veja os procedimentos: http://goo.gl/TV9Mi8