Os preços dos alimentos foram os que mais subiram em 2020. Enquanto a inflação ficou em 4,52% no ano passado, o custo de produtos alimentícios subiu 14%. O impacto no índice de preços foi de 2,73 ponto percentual.

O arroz foi um dos produtos que mais subiram em 2020. Teve alta de 76% no ano. O produto bateu recorde de exportação e encareceu nas prateleiras.

Uma das justificativas para o aumento dos preços dos alimentos foi o pagamento do auxílio emergencial, que permitiu ganhos para parcela dos beneficiários. As medidas de isolamento social também contribuíram para a queda no consumo de serviços, sobrando mais recursos para a alimentação em casa.

 

A alimentação no domicílio subiu 18,15%, enquanto que fora de casa cresceu 4,78%.

 

A inflação oficial é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Ficou em 4,52% em 2020. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficou em 5,45%. O último mede a variação de preços das famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos. Serve também para reajustar o salário mínimo e as aposentadorias. O grupo com essa faixa de renda é mais vulnerável ao aumento dos preços dos alimentos.

Outros grupos tiveram altas menores de preços, segundo o IBGE, mas também contribuíram para que o IPCA ficasse acima do centro da meta, de 4%. (Troad)